Impactos na Amazônia e Mata Atlântica

A Amazônia

Embora a Amazônia tenha sido menos atingida que outros ecossistemas no início da colonização, seu processo de destruição também começou há muito tempo.

Atualmente, o desmatamento é o principal responsável pelo avançado estado de destruição desse ecossistema, em que as queimadas preparam os terrenos para os grandes projetos agropecuários. Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), até 1999 a floresta Amazônica tinha sofrido um desmatamento equivalente ao tamanho da Suécia (um dos mais extensos países europeus): entre 5% e 12% da área original já havia sido eliminada. Dados mais recentes do Fundo Mundial para a Natureza salientam que o percentual de destruição chega a 15%. E o que é mais grave: o novo Código Florestal Brasileiro pode acelerar esse processo, pois prevê que áreas maiores possam ser desmatadas na Amazônia.

A ocupação da região amazônica começou a se intensificar na década de 1940, quando o Governo passou a estimular, por intermédio de incentivos fiscais, a implantação de projetos agropecuários na área. As queimadas e o desmatamento tornaram-se constantes. Houve uma intensificação desses projetos na década de 1970. Queimadas e desmatamentos foram os métodos utilizados para a abertura de pastos.

Outros fatores que também foram responsáveis pela degradação da região:

► Construção de usinas hidrelétricas.
► Extração de madeira para exportação para o Japão e a Europa.
► Crescimento demográfico.
► Garimpos de ouro.
► Extrativismo mineral.
► Construção de rodovias e ferrovias.

A Mata Atlântica

Paralelamente à riqueza vegetal, a fauna é o que mais impressiona na região, tanto que é hoje considerada um dos hotspots de concentração da biodiversidade mundial. A maior biodiversidade brasileira é encontrada nos ecossistemas que compõem este bioma; a maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção é originária da Mata Atlântica, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena.

A Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao homem durante 500 anos, desde a extração do pau-brasil até o vertiginoso crescimento urbano e industrial, passando pelos ciclos da cana-de-açúcar e do café. Além disso, as queimadas deram lugar a uma agricultura imprudente e insustentável. Desse modo, a Mata Atlântica é o ecossistema brasileiro que mais sofreu os impactos ambientais dos ciclos econômicos da história do país e hoje apresenta cerca de 5% de sua área original, que se estende do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

Por toda a sua extensão, a ação antrópica se faz sentir em maior ou menor intensidade, especialmente pela ocupação humana, exploração de madeiras e essências nativas (principalmente no Paraná e Santa Catarina), atividades de mineração (principalmente no leste de Minas Gerais), proximidade de polos industriais (como Cubatão/SP), especulação imobiliária (principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro) e construção de rodovias e barragens, entre outras atividades.

Por solicitação do Governo brasileiro, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) reconheceu, entre 1991 e 1993, uma larga parcela dos remanescentes de Mata Atlântica como uma ampla Reserva da Biosfera, que se estende do Ceará ao Rio Grande do Sul, abrangendo uma área de cerca de 29 milhões de hectares.

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