O Ponto

O ponto, assim como a vírgula, é um dos sinais de pontuação mais utilizados e mais conhecidos, tão conhecido que, muitas vezes, há o impulso de colocar ponto final em tudo. Então, para que equívocos como esse não ocorram mais, vamos ver alguns exemplos de uso do ponto.

1) Término de oração declarativa

1,1 milhão de pessoas assistiram à nova aventura da Marvel no fim de semana.

Disponível em: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-130539/
Data de acesso: 24/08/2019.

Orações declarativas: são aquelas afirmativas ou negativas a respeito de algum assunto.

2) Ponto simples

Hoje, 2 de maio, pode ser um dia comum no mundo real, mas é uma data lendária no mundo fictício da franquia Harry Potter, já que é neste dia que potterheads do mundo relembram a Batalha de Hogwarts. Em comemoração aos 19 anos do confronto final entre Harry Potter e Voldemort, J.K. Rowling deu continuidade a sua promessa de todo ano ir a público nesta data para pedir desculpas pela morte de um personagem.

Disponível em: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-130532/
Data de acesso: 24/08/2019.

Ponto simples: é aquele que delimita as orações declarativas, encadeando pensamentos que expressam e se sucedem uns aos outros na mesma linha.

3) Ponto-parágrafo

Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, com a criminalização do feminicídio na última década, o aumento percentual do número de mulheres vítimas de homicídio no Brasil persiste. Tipificada pela violência física, moral, psicológica ou sexual, a violação dos direitos femininos tem suas raízes em construções sociais e culturais, incorporadas como legítimas, que precisam ser desfeitas, pois, do contrário, o ideal de indistinção no gozo dos direitos fundamentais do cidadão não se consolidará.

A crença na subalternidade feminina é construída socialmente. A filósofa Simone de Beauvoir corrobora isso ao afirmar que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Os dizeres de Beauvoir revelam como a associação da figura feminina a determinados papéis não é condicionada por características biológicas, mas por pré-determinações sociais. Seguindo essa linha de pensamento, é usual, por exemplo, que mulheres que exerçam profissões tradicionalmente associadas a homens, como a de motorista, sofram preconceito no ambiente de trabalho e sejam violentadas psicologicamente.

Trecho da redação da estudante Laiane da Silva Carvalho. ENEM 2015.
Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2016/manual_de_redacao_do_enem_2016.pdf
Data de acesso: 24/08/2019.

Ponto-parágrafo: é o utilizado quando se deseja passar de um grupo de ideias para outro. Sempre que esse sinal é utilizado, deixa-se o resto da linha em branco para marcar que no próximo parágrafo virá um novo grupo de ideias.

4) Ponto final

Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, com a criminalização do feminicídio na última década, o aumento percentual do número de mulheres vítimas de homicídio no Brasil persiste. Tipificada pela violência física, moral, psicológica ou sexual, a violação dos direitos femininos tem suas raízes em construções sociais e culturais, incorporadas como legítimas, que precisam ser desfeitas, pois, do contrário, o ideal de indistinção no gozo dos direitos fundamentais do cidadão não se consolidará.

A crença na subalternidade feminina é construída socialmente. A filósofa Simone de Beauvoir corrobora isso ao afirmar que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Os dizeres de Beauvoir revelam como a associação da figura feminina a determinados papéis não é condicionada por características biológicas, mas por pré-determinações sociais. Seguindo essa linha de pensamento, é usual, por exemplo, que mulheres que exerçam profissões tradicionalmente associadas a homens, como a de motorista, sofram preconceito no ambiente de trabalho e sejam violentadas psicologicamente.

Além disso, a continuidade de práticas violentas contra a mulher é favorecida pelo que o pensador Pierre Bourdieu definiu como violência simbólica. Nesse tipo de violência, a sociedade passa a aceitar como natural as imposições de um segmento social hegemônico, neste caso, o gênero masculino, causando a legitimação da violação de direitos e/ou da desigualdade. Nesse contexto, urge a tomada de medidas que visem mitigar a crença de que as mulheres são inferiores. Para isso, cabe à sociedade civil organizada, o terceiro setor, a realização de palestras que instruam acerca da igualdade entre os gêneros. Ao poder público, cabe instituir a obrigatoriedade de participação masculina em fóruns, palestras e seminários que discorram acerca da importância do
respeito às mulheres.

Procedendo-se assim, casos como o da francesa Olympe de Gouges, guilhotinada na Revolução Francesa por exigir direitos femininos, ficarão apenas como o símbolo de um passado em que os Direitos Humanos não eram para todos.

Trecho da redação da estudante Laiane da Silva Carvalho. ENEM 2015.
Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2016/manual_de_redacao_do_enem_2016.pdf
Data de acesso: 24/08/2019.

Ponto final: é o que encerra um enunciado, é a pausa final de tudo.

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