A URSS e o Bloco Socialista até os Anos 1960

A partir de agora, vocês terão contato com conteúdos relacionados à URSS e ao bloco socialista até os anos 1960.

RECUPERAÇÃO ECONÔMICA – Com o fim da Segunda Guerra, a URSS necessitava se recuperar economicamente, tendo em vista a destruição causada pela guerra. Nesse sentido, Stalin lançou mão de dois Planos Quinquenais (1946-1955), que tinham como objetivo recuperar a economia soviética e estimular a produção industrial de bens de consumo. De modo geral, os planos cumpriram com seus objetivos, aumentando a produção industrial e, por consequência, também a sensação de bem-estar na população. Logicamente, vocês imaginam que, tanto do lado da URSS, quanto do lado dos EUA, as aparências de prosperidade eram reforçadas pela propaganda político-ideológica1.

1 Do lado dos EUA, isso era muito claro com a criação de “super-heróis” (Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Hulk, X-men, etc.) em histórias em quadrinhos, bem como com a produção de cinematográfica de Hollywood, como em Capitão América e na trilogia Rambo.

CULTO À PERSONALIDADE – O prestígio adquirido por Stalin na guerra contra os nazistas contribuiu para que o mesmo centralizasse o poder político da URSS. O culto à personalidade, nesse sentido, foi um elemento muito explorado por Stalin e pela propaganda soviética. A concentração de poder em torno de Stalin acabou refletindo o seu modo autoritário de governar, o que se evidencia no envio de opositores para os “gulags”, (campos de trabalho forçado em territórios longínquos da URSS, como a Sibéria).

KRUSCHEV: DESESTALINIZAÇÃO E COEXISTÊNCIA PACÍFICA – Em 1953, após a morte de Stalin, Nikita Kruschev assumiu a liderança da URSS, governando entre 1953 e 1964. Internamente, Kruschev denunciou o “terror stalinista”, passando a implementar uma política de “desestalinização”. Externamente, Kruschev iniciou uma política de “Coexistência Pacífica”, flexibilizando as relações com os EUA e adotando uma abordagem mais diplomática nas relações internacionais.

DIVERGÊNCIAS NO BLOCO SOCIALISTA – Em 1956 e 1968, ocorreram dois movimentos contrários ao domínio soviético na Europa Oriental, respectivamente na Hungria e na Tchecoslováquia. Em 1956, um movimento liderado por estudantes e apoiado por oficiais do Exército húngaro reivindicava reformas no socialismo praticado no país, de modo a reduzir o seu caráter autoritário. A Primavera de Praga (1968), por sua vez, defendia a democratização do socialismo na Tchecoslováquia. Contudo, ambos os movimentos foram duramente reprimidos pelas tropas do Pacto de Varsóvia.

IUGOSLÁVIA – O caso da Iugoslávia é muito particular quando estudamos o bloco socialista. Devido à limitada participação do Exército Vermelho na luta contra os nazistas no país, a Iugoslávia trilhou um caminho autônomo no interior do bloco socialista, chegando, inclusive, a romper com Moscou em 1948. Com a liderança do Marechal Tito, a Iugoslávia se relacionou com países ocidentais e articulou alianças no Terceiro Mundo.

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