Aqui estamos para começar a pensar a nossa gloriosa língua portuguesa! Nesse material, vamos retomar alguns assuntos muito essenciais para compreender o funcionamento da língua em toda a sua complexidade comunicativa. Isso significa dizer que, além de olhar para todos os elementos linguísticos formais da nossa língua, vamos observar também as relações de sentido e de contexto que possibilitam a efetivação da linguagem além de evidenciar a sua variação. É por isso que vamos também ver o que significa variação linguística e o quanto ela é importante para assegurar diversidade nas nossas formas de falar e de escrever!
Além disso, vamos estudar, ainda, as figuras de linguagem, como as figuras de pensamento e figuras de construção ou de sintaxe. Elas têm nomes que assustam um pouco, mas aposto que logo elas não vão meter mais tanto medo assim! Também vamos ver os vícios de linguagem mais comuns, para que você possa evitá-los em suas futuras redações. Por fim, vamos aprender algumas noções de estrutura e formação de palavras, algo que é fundamental para a compreensão da morfologia da língua portuguesa. Então, prontos?
Linguagem e Língua
Ao nos comunicarmos, não usamos apenas palavras, mas também sinais que expressam significados, como, por exemplo, obras de arte, sinais de trânsito, logotipos, etc.



Certamente, você já viu as imagens acima antes e não precisou de nenhuma legenda para saber o que elas significam. Pois bem, podemos dizer que essas imagens fazem parte da linguagem, esse sistema – que pode ser verbal ou não – pelo qual nos comunicamos e expressamos nossos pensamentos. Mas, cuidado! Linguagem não é a mesma coisa que língua! Língua é um sistema de signos que representam a realidade. Sim, isso mesmo que você leu, signos. Um signo é a união de um som e de uma imagem, e não tem nada a ver com signos do horóscopo!
Por exemplo: ao lermos e/ou ouvirmos a palavra “casa”, no mesmo momento somos remetidos à ideia, à imagem de uma casa. Todos esses conceitos parecem muito complicados, mas diariamente fazemos uso da língua e da linguagem de forma natural, sem nem nos darmos conta. A linguagem também não existe sem interlocução, ou seja, sem diálogo, sem interação com outras pessoas para estabelecermos sentidos.
Para que essa interlocução aconteça, são necessários três itens: alguém que fale ou escreva; o texto (oral ou escrito), que é o que se tem a intenção de comunicar; e o ouvinte ou leitor. Em termos mais diretos, para que se estabeleça uma interlocução são necessários: um locutor (ou autor), um texto e um interlocutor. O autor e o leitor são simples de se identificar, mas, como podemos definir o que é e o que não é texto?