O Sistema Nervoso: Órgãos dos Sentidos

O sistema nervoso é responsável, ainda, pelos sentidos nos seres humanos, apresentando um sistema sensorial. Esse sistema é formado por estruturas responsáveis pela percepção de estímulos do ambiente (receptores sensoriais exteroreceptores) e do interior do corpo (interoreceptores). Estes receptores geralmente são neurônios ou células epiteliais modificadas.

Os mecanorreceptores respondem aos estímulos mecânicos, compreendem os sentidos do tato, da percepção de dor, da propriocepção, do equilíbrio e da audição. Os quimiorreceptores respondem aos estímulos químicos e incluem o olfato e o paladar. Os fotorreceptores respondem aos estímulos luminosos, estando relacionados à visão. E os termorreceptores geram uma resposta aos estímulos térmicos.

Audição e Equilíbrio

A orelha abrange a orelha externa (composta pelo pavilhão auditivo e pelo canal auditivo, estruturas que conduzem o som até o tímpano. Este vibra ao receber as ondas sonoras), a orelha média (composta por três ossículos: o martelo, a bigorna e o estribo. Eles amplificam a vibração do tímpano a transmitem para a orelha interna), que se conecta com a faringe por meio da tuba auditiva ou trompa de Eustáquio, e a orelha interna (composta pela cóclea, estrutura responsável por perceber sons, pois é um tubo preenchido por líquido que se movimenta com a vibração sonora. Este movimento estimula células sensoriais do órgão espiral – ou de Corti – responsáveis pela percepção de sons. Do órgão espiral parte o nervo coclear).

A orelha humana responde a freqüências sonoras entre 20 e 20.000 hertz. A orelha interna também é responsável pelo equilíbrio, pois o utrículo e o sáculo estão relacionados à percepção do equilíbrio estático, como a posição da cabeça; e os canais semicirculares estão relacionados à percepção de movimentos da cabeça e do corpo. Quando movimentamos o corpo, movimentamos também o líquido presente no utrículo. Este estímulo é percebido por células sensoriais, que conduzem a informação ao nervo vestibular.

Olfato e Paladar

Quimiorreceptores relacionados ao paladar estão na língua e são conhecidos como botões gustativos. Eles nos permitem distinguir 4 sabores básicos: salgado, doce, amargo e azedo (obs. Recentemente foi descoberto um quinto sabor, o umami).

Quimiorreceptores relacionados ao olfato estão nos tetos das cavidades nasais e constituem o epitélio olfatório. As substâncias químicas precisam estar dissolvidas em moléculas de água para que possam estimular os quimiorreceptores.

Visão

O olho possui uma membrana externa denominada conjuntiva. Sob ela está a esclerótida, camada esbranquiçada, cuja porção anterior é transparente e forma a córnea, que atua como uma lente fixa. A coroide é vascularizada e forma a íris, um disco pigmentado que dá cor aos olhos e que delimita a pupila. Ao atravessar a pupila, a luz entra em contato com a lente, ou cristalino, que é transparente. Entre a córnea e o cristalino está o humor aquoso. A falta deste líquido provoca o glaucoma. Dentro do globo ocular existe a retina, onde estão as células fotorreceptoras. A focalização de objetos se dá pela acomodação visual: músculos ciliares alongam o cristalino quando o objeto está longe e o arredonda quando o objeto está próximo.

O olho apresenta células fotorreceptoras. Elas são os cones (pigmento fotopsina, derivado da vitamina A: ativos na luz forte e permite a visão de cores) e os bastonetes (pigmento rodopsina, também derivado da vitamina A, permite a percepção visual em luz escassa).

Os nervos ópticos transmitem as informações dos olhos para o cérebro, onde a imagem será processada. Os nervos ópticos de cada olho se reúnem no quiasma óptico, onde as fibras provenientes das porções externas dos olhos se dirigem para os lados correspondentes dos hemisférios cerebrais, mas as fibras provenientes da porção interna dos olhos cruzam-se no quiasma, de modo que a sensação visual do olho esquerdo é conduzida para o hemisfério cerebral direito e vice- versa. Deste modo, os dois hemisférios recebem informações de ambos os olhos. Há sobreposição de imagens vistas em ângulos diferentes, propiciando visão estereoscópica (em profundidade).

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