O Sistema Imunológico

O sistema imunológico é responsável por defender o nosso corpo, havendo dois tipos de mecanismos de defesa: os inespecíficos, que não distinguem um agente infectante do outro, e os específicos, em que a resposta imune é específica contra o agente patogênico. Mecanismos de defesa inespecíficos são constituídos pelas linhas de defesa que o invasor encontra ao tentar penetrar o corpo. A primeira linha é formada pela própria pele e pelas mucosas do sistema respiratório, digestório e urogenital. Se um microrganismo conseguir vencer estas barreiras, ele enfrentará a segunda linha de defesa inespecífica, que são as substâncias químicas e as células que matam indiscriminadamente qualquer agente infeccioso que penetre no organismo. Os mecanismos de defesa específicos constituem a terceira linha de defesa, em que a respostas são específicas. Participam deste sistema os órgãos linfoides (timo, baço, tonsilas e linfonodos) que constituem o sistema imunitário.

► As tonsilas, antigamente conhecidas como amígdalas, produzem linfócitos;

► O timo é muito desenvolvido em recém-nascidos e sofre involução durante a puberdade, em função principalmente da ação dos hormônios sexuais. Acima dos 60 anos, o timo está bem reduzido. Suas principais células são os linfócitos T e os macrófagos;

► O baço é rico em macrófagos, linfócitos B e T. Ele é muito importante para os mecanismos de defesa. Da mesma forma que os linfonodos “filtram” a linfa, o baço “filtra” o sangue. Este órgão também atua na degradação de hemácias.

O sistema imune se diferencia dos mecanismos de defesa inespecíficos por apresentar especificidade e memória. A especificidade se refere à capacidade do sistema de reconhecer e combater determinados fatores estranhos ao corpo. O elemento estranho é denominado antígeno, e a resposta do sistema imune ao antígeno é o anticorpo, que é específico contra aquele antígeno.

Os anticorpos são proteínas produzidas pelos linfócitos, conhecidas como imunoglobulinas (Ig). Um anticorpo reconhece apenas o antígeno que induziu sua formação, sendo, portanto, altamente específico.

A memória é referente à capacidade que o sistema imune tem de reconhecer uma infecção de um antígeno que havia infectado o corpo anteriormente e reagir contra ele, principalmente produzindo anticorpos específicos. Desse mecanismo participam os linfócitos B, que produzem anticorpos, e os linfócitos T, que podem ser de vários tipos, mas comentaremos apenas dois:

► Linfócitos T citotóxicos/CD8/killer: destroem células infectadas e células cancerígenas. São as principais células responsáveis pela rejeição de órgãos transplantados;

► Linfócitos T auxiliares/CD4/helper: ativam linfócitos T e estimulam linfócitos B em sua função de produzir anticorpos.

Para saber mais, veja também: