Rubem Fonseca (1925)
Um dos escritores mais ácidos e mais polêmicos da nossa literatura, Rubem Fonseca começou a carreira com dois livros de contos e escreveu romances, mas ficou mais conhecido por ser um grande contista.
O autor tem uma vasta experiência profissional. Formado em Direito, foi policial e estudou Administração nos Estados Unidos. Depois de um tempo, passou a dedicar a sua vida somente a escrever literatura. Esse ecletismo profissional fez com que Rubem Fonseca tivesse contato com os setores marginais do Rio de Janeiro. Ele vivenciou o lado da desigualdade e da violência e conseguiu registrar essa realidade em seus textos.
► Obras principais:
Contos
► Feliz Ano Novo (1975).
► O Cobrador (1980).
Romance
► Buffo e Spalanzanni (1985).
► Agosto (1990).
DESTAQUES
► Violência social
Rubem Fonseca nos apresenta um mundo violento e bárbaro. Uma das principais temáticas do autor é a violência social. Ele traz, em suas obras, a violência das ruas brasileiras. Às vezes essa violência advém da desigualdade social, da pobreza, da obsessão pelo lucro das classes mais altas; outras vezes, a violência vem do interior do sujeito, independente da classe a que pertence. A investigação sobre a violência é tanto social quanto psicológica.
► Solidão das metrópoles
A maior parte dos personagens vive oprimida pela grandeza das metrópoles, pela sensação de ser apenas mais um em uma cidade superpovoada e grande que os distancia dos outros, em uma lógica de tempo-trabalho que diminui os vínculos.
► Pluralidade de Personagens
A obra de Fonseca abrange uma variedade enorme de tipos sociais. Advogados muito ricos, halterofilistas, delegados de polícia, assassinos profissionais, jornalistas, garotas de programa, travestis, etc. O foco do autor, no entanto, está nos dois extremos da pirâmide social: os marginalizados e os extremamente ricos.