As fórmulas podem ser curtas ou longas, então, podemos usar alguns artifícios para representá-las, como apresentado abaixo:

Agora que a gente já sabe reconhecer e classificar um composto orgânico, vamos dar nome a eles?
Como a Química é universal, um organismo internacional, a IUPAC – União internacional de Química Pura e Aplicada (em português) – coordena, entre outras coisas, a nomenclatura dos compostos.
Como regra geral, os nomes oficiais dos compostos devem ser únicos e a partir deles deve ser possível representar a sua fórmula estrutural. Para tal propósito foi adotado um sistema lógico de prefixos, infixos e sufixos muito fácil.

Vejamos alguns exemplos:

Caso a cadeia seja cíclica, o nome deve ser precedido dela palavra ciclo. Caso a molécula inicie o nome com a letra “h”, deve ser separado por hífen.

Quando uma molécula tiver insaturações, devemos indicar a posição dessa insaturação e, para isso, indicamos as posições com algarismos romanos. A numeração deve iniciar na extremidade mais próxima desta insaturação. Observe: caso tenha um grupo funcional, este prevalece sobre a insaturação ao indicar o início da molécula. A IUPAC recomenda que o número deve ser precedido daquilo que ele indica; no caso, ligações duplas ou triplas.
Outra regrinha é: números são separados por vírgulas e entre números e palavras são utilizados hifens.

Vamos ver os exemplos:
E se tiver ramificações?
Se uma molécula tiver ramificações, devemos, em primeiro lugar, definir a cadeia principal da molécula. Há algumas regrinhas para determinar:
► A cadeia é a que possui o grupo funcional (aquele que indica uma função: álcool, cetona, etc.);
► É a que engloba o maior número possível de insaturações.
Seguindo essas regras básicas, definimos cadeia principal como a sequência mais longa de carbonos interligados.
Observação: após contar o número de carbonos, se ainda houver mais de uma possibilidade de cadeia carbônica, escolhemos aquela que tem o maior número de radicais.
Agora que vimos que existe uma cadeia principal e nela estão ligados radicais, como os seus nomes são dados?
De modo geral, o nome é muito fácil. A regra é: a quantidade de carbonos + o sufixo IL. Veja a tabela:

Temos tudo que precisamos para dar o nome a uma molécula:
► Iniciamos pela característica mais importante, seguindo a sequência:
Grupo funcional > insaturação > radical
► Se não houver grupo funcional, utiliza-se a insaturação; se não houver insaturação, a extremidade mais próxima que tiver um radical deve ser utilizada para indicar o início da cadeia;
► A sequência numérica da cadeia deve-se dar a partir da extremidade que tiver o radical mais simples;
► Caso tenha mais de um radical, estes devem ser indicados pelos prefixos: di, tri, tetra ligados aos radicais que se repetem, sem esquecer de também indicar a quais carbonos estão ligados;
► Os radicais devem ser indicados na ordem de menor complexidade para maior complexidade (metil antes do etil, por exemplo) OBS.: algumas revistas científicas preferem usar a ordem alfabética. Nós usaremos a regra da IUPAC.
Vamos ver alguns exemplos:

Vamos imaginar, então, que uma cadeia carbônica seja como uma árvore: o tronco é a cadeia principal, onde o passarinho faz sua casa, portanto, o tronco indica a função orgânica. Os galhos são as ramificações. Todos eles têm a função e a ramificação ligadas ao tronco.
