Processos de Eletrização

Eletrização Por Atrito

Alguma vez você já sentiu um leve choque ao tocar a maçaneta de uma porta da sua casa? Caso você já tenha passado por isso, saiba que o seu tapete foi o culpado! Não entendeu? Vou te explicar: quando você caminha sobre um tapete de lã, o atrito dos seus sapatos com o tapete faz com que algumas cargas (elétrons!!!!) sejam arrancadas do tapete e se acumulem no seu corpo. Isso acontece porque corpos de materiais diferentes, ao serem atritados, adquirem cargas elétricas diferentes. Os elétrons de uma superfície são transferidos para outra, deixando um material com falta de elétrons (eletrizado positivamente) e outro com sobra de elétrons (eletrizado negativamente). Como seu corpo está com acúmulo de cargas, ao tocar a maçaneta, você irá transferir cargas para ela, sofrendo um leve choque em virtude dessa transferência.

Na eletrização por atrito, os corpos ficam carregados com cargas de sinal contrário, mas de mesmo módulo. Mas, espera aí! Como eu vou saber qual corpo fica positivamente carregado e qual fica negativamente? Isso depende das propriedades dos materiais. Infelizmente, não existe um meio lógico para sabermos isso. Mas, não se preocupe! Algumas pessoas muito inteligentes fizeram alguns experimentos e conseguiram organizar uma lista indicando a tendência a ganhar ou perder elétrons para diferentes materiais; essa lista é chamada de série triboelétrica.

Para colocar isso que acabamos de ver em prática, basta esfregarmos um bastão de vidro em um pano de lã. Ao fazermos isso, elétrons serão transferidos do vidro para a lã, deixando-a com carga negativa! E o vidro, com que carga fica? Com uma carga positiva de mesma magnitude da carga negativa da lã!

Vale a pena ressaltar! A eletrização por atrito é o único processo de eletrização em que ambos os corpos começam neutros!

Eletrização Por Contato

Este tipo de eletrização é o mais intuitivo de todos. Quando um corpo eletrizado entra em contato com um corpo neutro ou com outro corpo carregado, acontece uma transferência de elétrons entre os dois corpos. O resultado é o mais simples possível: o corpo neutro também se eletriza! Uma informação fascinante é que, após se tocarem, os corpos passam a se repelir! Mas como isso acontece? Os dois corpos acabam ficando com carga de mesmo sinal, sendo este o sinal que o corpo eletrizado possuía no início.

Corpos de Dimensões Iguais

Nesta situação em específico, a carga se distribui igualmente entre os corpos:

Corpos de Dimensões Diferentes

E o que será que acontece quando dois corpos com dimensões diferentes são colocados em contato? O maior corpo fica com mais carga! É muito importante que você não esqueça que os sinais das cargas nos dois corpos permanecem sempre iguais!

Reforçando! Na eletrização por contato, os corpos podem ficar com cargas de valores diferentes, mas sempre com mesmo sinal.

Eletrização Por Indução

Ao contrário das últimas duas eletrizações que vimos, aqui não há contato entre os corpos! A eletrização por indução acontece de uma maneira diferente. Olha só: imagine que aproximamos um bastão eletrizado de um corpo neutro. Devido à proximidade do bastão eletrizado, o corpo neutro sofre indução (separação de cargas), o que faz surgir uma região negativa e outra positiva (conhecido como polarização!). Agora, vem um detalhe muito importante! O corpo, apesar de estar polarizado, não perdeu nenhuma carga. Sendo assim, ele permanece neutro, certo? Se liga no desenho abaixo:

No próximo passo, faz-se uma ligação do corpo com a Terra. Ocorre, então, transferência de elétrons entre eles! A Terra doa elétrons para o corpo (antes neutro), fazendo com que ele adquira carga de sinal contrário à do bastão eletrizado – neste caso, negativa.

Agora vem a malandragem do problema! E se cortarmos o fio que liga o corpo à Terra? Se fizermos isso, as cargas ficarão presas no corpo, mantendo-o com o mesmo sinal!

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