Então, tudo certo até aqui? Falamos que os primeiros seres vivos conseguiam se reproduzir, tinham metabolismo e, além disso, possuíam um envoltório que os isolava do ambiente. Isso é muito parecido com a descrição de uma célula. O primeiro ser vivo era provavelmente muito parecido com as células mais simples, procarióticas.
A característica mais marcante das células eucariontes, e que dá o nome para elas, é a presença de uma membrana envolvendo seu material genético, que é chamada de carioteca. Essa estrutura formada pela membrana e o material genético em seu interior é chamada de núcleo! As células procariontes apresentam material genético, mas ele não está organizado na forma de um núcleo, e sim disperso pelo citoplasma. Além disso, a célula eucarionte possui diversas organelas membranosas que não estão presentes nas células procariontes. Organismos que apresentam células eucariontes incluem as plantas, fungos, protozoários e animais (lembre que a gente é animal). Organismos com células procariontes incluem as bactérias e arqueas. Os ancestrais de todos esses seres era, muito provavelmente, mais parecido com as células procariontes do que com as eucariontes. Como será que ocorreu essa mudança?
A Teoria Endossimbiótica
Muitas das organelas membranosas das células eucarióticas, como o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi, têm sua origem a partir de invaginações da própria membrana plasmática. Entretanto, existem duas organelas com uma origem mais interessante! As mitocôndrias e os cloroplastos. Para explicar a origem dessas duas organelas, foi proposta a teoria endossimbiótica, com Lynn Margulis sendo sua maior defensora. Segundo ela, essas organelas teriam sido bactérias independentes, capazes de respirar e realizar a fotossíntese, respectivamente. Posteriormente, podem ter sido fagocitadas (“engolidas”) por um organismo fermentador maior. Dessa forma, surge a célula eucariótica animal, que apresenta mitocôndrias, e a vegetal, que apresenta mitocôndrias e cloroplastos.
