Então, para sabermos o nox de cada elemento em uma substância, começamos considerando os elementos que possuem carga fixa, ou seja, quando fazem uma ligação, sempre doam ou recebem uma mesma quantidade de elétrons, e depois calculamos o nox daqueles elementos que se estabilizam com diferentes cargas eletrônicas.
É importante também avaliar se o composto possui alguma carga ou se é neutro, pois a soma do nox de cada elemento tem que ser igual à carga da substância.
Parece muita coisa? Mas é bem tranquilo. Vamos para os números!
► Elementos com valor fixos de NOX
► Metais alcalinos (grupo 1) e prata (Ag): +1
► Metais alcalinos terrosos (grupo 2) e zinco (Zn): +2
► Alumínio (Al): +3
► Hidrogênio (H): +1
*exceção: quando no final da fórmula, formando hidretos, possui nox -1.
► Oxigênio (O): -2
*exceção: quando ligado à outro O, possui nox -1.
► Halogênios (grupo 17) : -1
Os demais elementos vão ter seu nox variando conforme seus ligantes. Nós vamos calcular os valores do nox deles em cada situação.
A maneira mais fácil de organizar o cálculo do nox é fazendo uma hashtag (#), onde vamos colocar a substância, o nox de cada elemento que já sabemos e a contribuição quando temos mais de um átomo do mesmo elemento. Olha como é simples:

Cálculo do nox para a molécula H2O.
Nesse caso, temos a água – H2O – como exemplo. Como vimos antes, esses elementos têm nox fixos. O que nós fizemos foi colocar na primeira linha os átomos, na segunda o nox deles, e na terceira sua contribuição. Como temos dois hidrogênios e o nox de cada átomo é +1, a contribuição total é +2. Já o oxigênio, que só tem 1 átomo na molécula, não tem seu nox multiplicado.
O somatório dos nox deu zero, pois essa molécula é neutra!
*Se você for determinar o nox de uma molécula que tenha mais de 3 tipos de átomos, é só fazer mais colunas na #
O exemplo da água foi tranquilo? Vamos ver um que dê um pouquinho mais de de trabalho?
Pegamos como exemplo a molécula K2Cr2O7. Nós sabemos que o potássio (K) e o oxigênio (O) têm nox fixos, então vamos colocar esses na nossa #.

Cálculo de nox para a molécula K2Cr2O7 – primeira etapa.
Na última linha, vamos colocar a contribuição desses que conhecemos, pois temos 2 átomos de K e 7 de O, então:

Cálculo de nox para a molécula K2Cr2O7 – segunda etapa.
Como nossa molécula é neutra, o somatório do nox de todos os átomos deve ser zero. Com isso, podemos descobrir a contribuição do cromo (Cr):

Cálculo de nox para a molécula K2Cr2O7 – terceira etapa.
Então, os dois átomos de cromo contribuem com +12 para o nox, isso quer dizer que cada um possui nox +6.
Agora sabemos a carga de todos os elementos da molécula!

Cálculo de nox para a molécula K2Cr2O7 elementos com seu nox.
Como último exemplo, vamos determinar os nox em um íon. Dessa vez, o escolhido é o NO3–. Vamos colocá-lo na nossa #, junto com o nox do oxigênio, que é fixo, e a contribuição que três oxigênios dão à molécula:

Cálculo de nox para íon NO3– – primeira parte.
A grande diferença aqui é que a molécula está carregada, nesse caso com uma carga negativa, então o somatório dos nox será igual à carga da molécula.

Cálculo de nox para íon NO3– – segunda parte.
Quando fazemos:
x – 6 = -1
x = -1 + 6
x = +5
Com isso, vemos que a contribuição do nitrogênio é +5 e, como só há um na molécula, esse é o próprio nox dele.

Cálculo de nox para íon NO3– – elementos com seu nox.
Viu como é tranquilo? Por mais que de início possa parecer difícil, com alguns exercícios se pega o jeito. Vamos sempre seguir esses passos:
► Colocar a molécula na #;
► Ver os nox que são fixos e colocar na segunda linha da #;
► Ver a contribuição dos elementos, colocando na terceira linha da #;
► Igualar o somatório dos elementos à carga da molécula para descobrir a contribuição do elemento que tem nox desconhecido;
► Dividir a contribuição do elemento de nox desconhecido pelo número que átomos dele na molécula.