Migrações Externas

Todos os países são afetados por movimentos migratórios. Nos países pobres, as migrações se originam das precárias condições de vida que oferecem, além de guerras, reestruturação de fronteiras, conflitos étnicos, etc. Em geral, a população emigra para os países desenvolvidos (60% da população imigrante) ou para aqueles economicamente mais prósperos (como a migração para os países ricos em petróleo). Mais da metade dos imigrantes reside em países desenvolvidos, como EUA, Inglaterra e Japão, por exemplo.

Atualmente, os Estados Unidos (a fronteira com o México é o mais movimentado corredor de imigração do mundo), a Alemanha e a Austrália são os países que mais recebem imigrantes. Os EUA receberam primeiramente europeus, fato que se alterou após as grandes Guerras Mundiais, quando latino-americanos e asiáticos (de Cuba, México, República Dominicana, El Salvador, Filipinas, China, Vietnã, Coreias, Índia, etc.) tornaram-se os principais imigrantes do país. Em torno de 10% da população norte-americana é constituída por imigrantes; 27% destes são mexicanos.

A Europa, após a Revolução Industrial, foi a mais importante zona de repulsão demográfica do globo (origem de mais de 60 milhões de imigrantes neste período). Após a II Guerra Mundial, a reconstrução econômica europeia inverteu estes fluxos migratórios. As regiões industrializadas da Europa Ocidental tornaram-se polos de atração de populações provenientes das antigas colônias (as africanas, por exemplo) e da Europa Oriental (principalmente da Turquia). O aumento da imigração nas décadas posteriores a Segunda Guerra Mundial gerou fortes sentimentos de xenofobia em alguns países, que acabaram se expressando de forma mais nítida após os efeitos da crise financeira de 2008 – como o aumento do desemprego. Entre essas manifestações anti-imigração, é possível destacar a vitória do BREXIT e a ascensão de partidos de extrema-direita na Europa, como é o caso da Frente Nacional na França.

A África é um continente que, ao mesmo tempo que configura uma zona de repulsão, isto é, populações que procuram melhores condições de vida, trabalho e/ou fogem de conflitos, apresenta locais considerados centros de atração migratória, a saber: África do Sul (única economia industrial do continente); os grandes produtores de petróleo do Golfo da Guiné e da costa atlântica, além de Nigéria e Camarões (por serem politicamente estáveis).

Os migrantes asiáticos dirigem-se, há tempos, para os EUA, Europa Ocidental e, mais recentemente, para o Golfo Pérsico. Desde a década de 80, Japão e, em menor escala, Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura tornaram-se fortes zonas de atração de migrantes asiáticos. O Japão atraiu, antes e durante a II GM, um grande número de coreanos que exerciam trabalhos manuais.

O Golfo Pérsico transformou-se numa zona de forte atração migratória na década de 1970, devido à elevação dos preços do petróleo (maior oferta de emprego nos campos de petróleo e na construção civil). Esse fenômeno vem mudando devido aos constantes conflitos na região e fluxo de refugiados que deixam a região.

Tanto a América quanto a Oceania são focos de atração populacional. A Austrália, na proporção da sua população no mundo, é um dos países que mais recebe imigrantes na atualidade, principalmente vindos do continente asiático. Na Oceania, 19% da população é de imigrantes.

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