Invertebrados

Vamos começar com o grupo de animais que não apresentam vértebras: os invertebrados. Esses animais somam 97% das espécies que existem em todo o mundo, ou seja, quase todos os animais que existem no planeta são invertebrados, num total de 1,5 milhão de espécies. Esses animais são caracterizados pela ausência do crânio e da coluna dorsal. São eles: os poríferos, cnidários e ctenóforos, platelmintos, nematódeos, anelídeos, moluscos, equinodermos e artrópodes.

Filo Porifera

São as famosas esponjas e apresentam representantes marinhos (a maioria) e de água doce. Os poríferos se desenvolvem somente até a blástula, portanto, não formam folhetos embrionários, não possuem tecidos verdadeiros (parazoários) e são acelomados, sem sistema circulatório. São heterótrofos filtradores, apresentam fecundação interna e desenvolvimento indireto com larva anfiblástula.

Anatomia e Fisiologia das Esponjas

Existe uma grande variedade de formas, mas todas as esponjas possuem as seguintes estruturas: ósculo (abertura no topo do corpo), corpo fechado na base, revestimento externo por células chamadas pinacócitos, entre as quais se distribuem espaços irregulares e células chamadas porócitos (apresentam um poro que atravessa o citoplasma de lado a lado, por onde a água penetra continuamente no corpo do animal). Além disso, em esponjas mais simples, existe uma grande cavidade interna, a espongiocele (ou o átrio), onde a água entra pelos porócitos em direção a espongiocele, e sai pelo ósculo. Esponjas complexas possuem câmaras internas para a passagem da água até a espongiocele.

Espongioceles e câmaras internas podem apresentar coanócitos: células flageladas cujo batimento cria um fluxo contínuo de água através do corpo da esponja, de maneira a proporcionar oxigênio, nutrientes, remoção de excretas nitrogenadas e de gás carbônico ao animal. Os coanócitos também possuem capacidade de pinocitose e digestão intracelular de partículas alimentares. A digestão intracelular da matéria pelos coanócitos resulta em substâncias que são captadas por células móveis chamadas amebócitos, que irão distribuir os nutrientes às demais células do corpo. Estas células podem, em algumas espécies, fabricar estruturas constituídas de carbonato de cálcio (CaCO3) ou de sílica (H2Si3O7), denominadas espículas. Estas se distribuem por entre as células para promover sustentação à esponja. Espécies de esponjas utilizadas para limpeza corporal não possuem espículas, mas um conjunto de fibras ramificadas e flexíveis.

Organização celular de uma esponja simples, mostrando os principais tipos de células. Espículas são estruturas minerais produzidas por células especiais.

Reprodução Filo Porifera

A reprodução assexuada pode acontecer por brotamento, quando se formam expansões no corpo do animal (os brotos) que crescem e se separam da esponja genitor, constituindo novos indivíduos. Se os brotos não se desprenderem (permanecem conectados ao genitor por ligação anatômica), forma-se uma colônia. Ainda, estes animais apresentam uma grande capacidade de regeneração: qualquer pedaço que se desprenda pode gerar um animal completo (este tipo de reprodução assexuada se chama fragmentação). Em condições inadequadas, esponjas de água doce podem formar estruturas de resistência denominadas gêmulas. Estas são constituídas por células indiferenciadas (arqueócitos) envoltas por membranas com espículas, e um pequeno poro por onde os amebócitos podem sair e gerar uma nova esponja, quando em condições favoráveis.

A reprodução sexuada ocorre em animais monóicos (hermafroditas) e dióicos, quando arqueócitos formam óvulos e espermatozoides. As células masculinas são liberadas na água, enquanto as femininas geralmente permanecem presas à esponja, onde são fecundadas. O zigoto desenvolve-se somente até a blástula, que possui células flageladas (anfiblástula). A anfiblástula nada para fora do corpo do genitor através do ósculo e se fixa em algum substrato para originar uma nova esponja.

Representação esquemática do ciclo de vida sexuado de uma esponja, cuja fecundação ocorre na parede do corpo da esponja-mãe.

Filo Cnidaria

Os cnidários são seres aquáticos de corpo mole e gelatinoso, diblásticos, com simetria radial e protostômios, não possuindo sistema circulatório. Já percebeu de quem estamos falando? Do grupo das popularmente conhecidas água-vivas, isso mesmo, aquelas que nos queimam no mar e arde horrores. Eles também são chamados de celenterados, termo que se refere ao fato de estes animais possuírem o corpo oco, com uma cavidade digestória (gastrovascular). Possuem como representante as águas vivas, anêmonas-do-mar e os corais.

Nas regiões aquáticas, podem fazer parte da zona bentônica (anêmonas e corais, com comportamento séssil), nectônica (águas-vivas) e planctônica (larvas). Se alimentam de crustáceos, peixes e larvas de diversas espécies, e possuem sistema digestório incompleto (ausência do ânus) com digestão extra e intracelular. Não apresentam sistemas circulatório, respiratório ou excretor: estas funções são realizadas por difusão célula a célula. Apresentam sistema nervoso difuso.

Organização Corporal dos Cnidários e Estágios do Ciclo de Vida

Estes animais possuem uma grande cavidade interna, a gastrovascular, onde ocorre a digestão e distribuição dos nutrientes para o resto do corpo do animal. Esta cavidade se comunica com o exterior por uma única abertura, a boca. Ao redor dela, existem tentáculos especializados para a defesa e para a captura de alimentos. Ainda, entre epiderme e a gastroderme, há uma massa gelatinosa chamada mesogleia.

Esses animais apresentam três estágios no ciclo de vida: o pólipo, que vive fixo ao substrato e em sua extremidade livre se situa a boca e os tentáculos (algumas espécies podem deslizar lentamente sobre o substrato); a medusa, que lembra um guarda-chuva, com a boca situada na posição correspondente à do cabo; e os corais, que representam, geralmente, cnidários coloniais, cujos pólipos lembram pequenas anêmonas e produzem um esqueleto de carbonato de cálcio, que resiste após a morte do animal. Novos pólipos crescem sobre os esqueletos dos antigos, originando grandes estruturas rochosas: recifes coralíneos ou recifes de corais. São animais carnívoros, mas podem ter associação com algas fotossintetizantes em uma associação mutualística.

Estágios de vida dos cnidários.

Tecidos e Tipos Celulares Filo Cnidaria

Cnidários se movimentam, pois possuem células mioepiteliais (revestimento e contração) ligadas às células epidérmicas e gastrodérmicas. Elas são controladas por uma rede nervosa difusa: neste tipo de arranjo nervoso, numerosos neurônios se ligam uns aos outros, formando uma rede. É comum em animais com simetria radial. Animais com este tipo de organização nervosa podem fazer frente aos estímulos ambientais vindos indistintamente de qualquer direção. Além disso, algumas células espalhadas pelo corpo do animal são indiferenciadas e podem originar quaisquer outros tipos celulares, sendo responsáveis pelo crescimento e regeneração dos cnidários.

Células glandulares na epiderme secretam substâncias de lubrificação do corpo ou enzimas responsáveis pela digestão parcial dos alimentos na cavidade gastrovascular. Os produtos deste processo têm sua digestão completada intracelularmente. Cnidários possuem, portanto, digestão extra e intracelular. Por difusão, os nutrientes se distribuem para todas as células do corpo, bem como o oxigênio e a água absorvidos pela epiderme.

Os cnidários possuem um tipo de célula exclusiva desse grupo: os cnidoblastos, células localizadas principalmente nos tentáculos ao redor na boca, responsáveis por causar dores e irritações em quem as tocam, podendo levar até à morte, dependendo do animal. Internamente, cnidoblastos possuem uma bolsa, o nematocisto, que guarda um filamento longo, por vezes espinhoso, enrolado sobre si mesmo. Quando a célula é tocada, ela libera este filamento que fere a presa/predador e libera substâncias tóxicas contidas em seu interior. Atuam de modo a proteger o cnidário e para caçar.

Cnidoblastos, células urticantes típica dos cnidários, cujas funções são a defesa e o ataque.

Reprodução Filo Cnidaria

Apresentam reprodução sexuada e assexuada. A assexuada ocorre por brotamento na superfície dos pólipos e é comum em hidras de água doce e certas anêmonas marinhas. Corais podem se formar por brotamentos onde os indivíduos permanecem ligados aos genitores. Na sexuada, celenterados monoicos ou dioicos geram gametas a partir de células intersticiais (que ficam entre tecidos) que se agrupam e geram uma espécie de gônada. A fecundação é, em geral, externa: óvulos e espermatozoides são liberados na água, onde se encontram e formam zigotos. No entanto, há espécies em que os ovos ficam retidos na cavidade gastrovascular, onde são fecundados pelos espermatozoides que entram pela boca.

O desenvolvimento pode ser direto, quando o embrião se desenvolve diretamente em um indivíduo semelhante aos pais, ou indireto, quando o embrião se desenvolve em uma larva (plânula) que nada durante algum tempo até se fixar a um substrato e, gradativamente, se transformar em um organismo semelhante aos pais.

Ainda, algumas espécies podem apresentar alternância de gerações (metagênese), quando alternam gerações de pólipo e de medusa. A forma dominante do ciclo de vida varia entre as espécies. Esta metagênese é diferente da que ocorre em plantas: em celenterados, ambas as gerações são diploides, enquanto, nas plantas, um dos ciclos é haploide. Além disto, a meiose de cnidários é gamética e a das plantas é espórica.

Alternância de gerações com desenvolvimento indireto e fecundação interna.

Filo Platyhelminthes

Os platelmintos são os popularmente conhecidos (e não muito apreciados por nós, humanos) como vermes. Esse grupo apresenta o corpo achatado dorso-ventralmente. Seus representantes são as planárias, os esquistossomos e as tênias. Apresentam simetria bilateral, sistema digestório incompleto, respiração cutânea, são triblásticos, acelomados e não possuem sistema circulatório.

São divididos em três classes:

Turbellaria (turbelários): são de vida livre. Marinhos, terrestres ou de água doce. Ex.: planárias;

Trematoda (trematódeos): são ectoparasitas ou endoparasitas. Possuem ventosas para fixarem-se ao hospedeiro. Ex: esquistossomo;

Cestoda (cestoides): são endoparasitas de vertebrados. Não possuem cavidade digestória e se alimentam dos nutrientes absorvidos do hospedeiro. Ex.: Tênias.

Anatomia e Fisiologia das Planárias

O corpo das planárias é recoberto por células ciliadas. Entre elas, algumas glândulas lubrificantes desembocam e ajudam na locomoção do animal, que consiste, basicamente, em deslizamento e batimento ciliar.

Entre a epiderme e a gastroderme, há um tecido frouxo, o mesênquima, onde ficam mergulhados diversos feixes musculares, dispostos em diversas direções. A boca é situada na região ventral e mediana do corpo, e é por onde o animal estende sua faringe musculosa, capaz de sugar pequenos animais ou restos de animais mortos. Na cavidade gastrovascular, o alimento é parcialmente digerido e os restos inaproveitáveis são eliminados pela faringe. Esta cavidade é tão ramificada que praticamente todas as partes do corpo ficam próximas dela. O alimento é, portanto, transmitido por difusão.

Sistema Excretor dos Platelmintos

Protonefrídeos são as estruturas responsáveis pelo controle da quantidade de água e de excretas nitrogenadas no corpo dos platelmintos. Trata-se de tubos interligados com células especializadas em absorção de água e de excreções celulares dos espaços entre os tecidos corporais. Estas células estão localizadas nas extremidades dos tubos: são as células-flama ou os solenócitos. Importante: a maior parte da excreção é realizada por difusão através da superfície corporal. Por não apresentarem sistema respiratório, a difusão dos gases oxigênio e carbônico acontece diretamente pela epiderme: este processo é denominado respiração cutânea.

Sistema Nervoso/Sensorial Planárias

Algumas espécies de planárias apresentam uma “cabeça” primitiva que concentra células nervosas, que formam dois gânglios cerebrais e também células sensoriais. Os gânglios estão conectados a dois cordões nervosos que se estendem longitudinalmente pelo corpo do animal. A partir destes cordões, extensões nervosas (nervos) se ramificam para cobrir uma área maior. Este tecido nervoso é responsável por receber estímulos captados por células sensoriais e também pelas contrações musculares.

Um exemplo de célula sensorial presente em alguns platelmintos são os receptores de luminosidade (fotorreceptores) que se organizam em órgãos visuais rudimentares: os ocelos. Estas estruturas podem informar ao sistema nervoso a intensidade e a direção da luz, mas não formam imagens.

Sistema nervoso da planária.

Reprodução Planárias

Pode ser assexuada, por fragmentação do corpo. As planárias possuem grande capacidade de regeneração de tecidos. Um décimo de fragmento do animal pode gerar uma planária completa. Formas larvais de esquistossomos também podem se reproduzir assexuadamente, gerando dezenas de outras larvas. Esta, no entanto, não é sua principal forma de reprodução. A principal é a sexuada, existindo espécies monoicas (planárias e tênias) e dioicas (esquistossomos). Em planárias, o sistema reprodutor feminino é composto por um par de órgãos produtores de gametas femininos (ovários) ligados a dutos (ovidutos), por onde saem ovos maduros. Nos ovidutos, glândulas liberam substâncias vitelínicas que irão alimentar os embriões. Estes dutos se unem ao final do corpo do animal para formar a vagina, que se comunica com uma bolsa que é comum aos dois sexos: o átrio genital. Algumas espécies podem apresentar útero, uma bola especializada que guarda os ovos maduros até que sejam eliminados. O sistema reprodutor masculino destes animais, por sua vez, constitui-se por diversos testículos, de onde partem tubos por onde os espermatozoides atingem os canais deferentes, que os levam até o pênis, situado no átrio genital comum.

Filo Nematoda

Os nematelmintos também são vermes, apresentando corpo cilíndrico e afilado nas pontas, que pode variar de 1 mm a 1 m de comprimento, sendo conhecidos como nematódeos. Podem ser de vida livre ou endoparasitas, como as lombrigas. Triblásticos, pseudocelomados, com simetria bilateral; Sistema digestório completo; Respiração cutânea; Não têm sistema circulatório.

Sistema Excretor

O pseudoceloma recebe as excretas das células. Duas células tubulares gigantes percorrem todo o corpo do animal longitudinalmente e retiram do pseudoceloma as excretas celulares. Estas células (renetes – forma de “H”) possuem um duto excretor central que se une à região anterior do corpo, onde desembocam em um poro excretor.

Sistema Muscular e Nervoso

As fibras musculares dos nematódeos são dispostas apenas longitudinalmente, o que permite poucas e simples flexões corporais. Estas células musculares estão conectadas a dois cordões nervosos (localizados no dorso e no ventre do animal, unidos na região anterior por um anel nervoso que circunda a faringe).

Reprodução

A maioria das espécies é dioica: fêmeas possuem dois ovários conectados a ovidutos que terminam em porções dilatadas (úteros), onde os ovos são armazenados até serem eliminados. Os dois úteros se unem à vagina, que se comunica com o exterior pelo poro genital feminino, situado na região ventral. Os machos, por sua vez, possuem um testículo que é conectado a um tubo (canal deferente) que desemboca em uma bolsa chamada vesícula seminal, onde são armazenados os espermatozoides. A vesícula se liga à cloaca, uma câmara onde também desemboca o intestino, que se abre no ânus.

Machos de lombriga possuem dois pequenos espinhos na cloaca, que servem para manter a fêmea presa durante a cópula. A fecundação é interna, nos ovidutos da fêmea.

Os ovos formam uma casca resistente e ficam armazenados no útero até serem eliminados pelo poro genital. 20.000 ovos podem ser liberados por dia.

Filo Mollusca

Esse grupo possui representantes muito diversos, desde as lesmas até as lulas. São animais triblásticos, celomados, com simetria bilateral, que possuem sistema. Apresentam corpo mole, geralmente protegido por concha calcária, e seu corpo é constituído por cabeça (órgãos dos sentidos), pé (estrutura musculosa para locomoção, escavação, fixação, etc.) e saco visceral (bolsa de parede fina que guarda os órgãos internos). É o segundo maior grupo em número de espécies conhecidas e habita uma grande diversidade de ambientes, sendo a maioria marinha. Apesar de se tratar de um grupo muito diversificado, há poucas espécies parasitas. Estas possuem larvas que se desenvolvem em brânquias de peixes de água doce. As glândulas presentes na sua epiderme secretam a concha, cuja funções são a proteção e a sustentação. A concha se forma sobre uma dobra do saco visceral: o manto ou a prega palial.

Sua faringe pode apresentar rádula, estrutura que serve para a raspagem dos alimentos (polvos e lulas podem possuir mandíbulas quitinosas curvas). Apresentam hepatopâncreas que lançam secreção enzimática no estômago, promovendo a digestão parcial do alimento, que se completa no interior das células da parede intestinal (digestão extra e intracelular).

Têm como representantes a ostra, o mexilhão, o caramujo, a lesma, as lulas, os polvos, entre outros. São divididos em 6 classes:

Monoplacóforos ou Monoplacophora: apenas uma concha, em forma de capuz, que cobre toda a massa visceral e o pé. Exclusivamente marinhas filtradoras. Ex.: Neopilina.

Amphineura ou Polyplacophora: uma concha formada por oito placas articuladas com cinturão carnoso ao redor. Marinhas, sésseis, alimentam-se por raspagem de rochas para obtenção de algas. Ex.: Chiton.

Scaphopoda: Concha única e cônica, aberta em ambas extremidades. O pé é afilado, próprio para a escavação. Exclusivamente marinhos, vivem enterrados na areia ou no lodo. Possuem tentáculos finos e delicados, que utilizam para capturar o alimento. Ex.: Dentalium.

Pelecypoda ou Bivalvia: Concha formada por duas valvas articuladas, pé afilado, próprio para escavação. Podem ser marinhos ou de água doce, vivendo enterrados ou fixados em substratos submersos. Animais filtradores. Ex.: Mytilus (mexilhão), Ostrea (ostra) e Pecten (vieira).

Gastropoda: Concha única e espiralada (caramujos e caracóis) ou ausente (lesmas). Pé desenvolvido para locomoção (deslizamento). Marinhos, dulcícolas (caramujos) e terrestres (caracóis –Helix- e lesmas). Alimentação por raspagem de substrato.

Cephalopoda: A concha se apresenta internamente (em lulas e sépias), externamente (náutilos) ou é ausente (polvos). O pé é desenvolvido e modificado em tentáculos dotados de ventosas. Apresentam glândula de tinta para confundir seus predadores. Exclusivamente marinhos. Podem caminhar sobre a superfície submersa (polvos) ou nadar (lulas e sépias). Maioria carnívora. Ex.: Loligo (lulas), Octopus (polvos), Sepia (sépias) e
Nautilus (náutilo).

Esquema de um molusco hipotético mostrando algumas das estruturas internas e externas importantes para a caracterização do filo.

Sistema Circulatório Moluscos

Moluscos apresentam sistema circulatório composto por um coração responsável por bombear o sangue para vasos sanguíneos (artérias e veias). O sangue conduz nutrientes e gás oxigênio para as células do corpo e retira delas gás carbônico e excreções celulares.

Na maioria dos grupos, a circulação é aberta (lacunar): o sangue arterial desemboca em hemoceles. Apenas moluscos pertencentes à classe Cephalopoda (lulas, polvos) possuem sistema circulatório fechado, no qual o sangue circula exclusivamente dentro de vasos sanguíneos.

Sistema Respiratório Moluscos

Moluscos aquáticos respiram por meio de brânquias (projeções da superfície corporal) vascularizadas. Os terrestres, por sua vez, possuem pulmões (dobras internas vascularizadas).

Sistema Excretor Moluscos

Um par de órgãos constitui o sistema excretor destes animais: os metanefrídios. Tratam-se de estruturas especiais capazes de retirar do corpo do animal os produtos tóxicos do metabolismo celular. Os metanefrídios apresentam-se como um longo e dobrado funil, que retira excreções tanto da cavidade pericárdica (bolsa celômica com sangue que envolve o coração), quanto os vasos sanguíneos das proximidades.

Os excretas são expelidos por um poro dos metanefrídios, localizado abaixo do manto.

Sistema Nervoso e Sistema Sensorial Moluscos

O sistema nervoso dos moluscos é centralizado e formado por três ou quatro pares de gânglios nervosos unidos entre si por cordões nervosos. São também ligados a nervos que trazem informações provenientes de órgãos dos sentidos (olhos, antenas, órgãos de equilíbrio, etc.) e levam ordens aos músculos. Polvos possuem o gânglio cerebral muito desenvolvido e olhos comparáveis aos de vertebrados.

Reprodução Moluscos

O filo inclui espécies dioicas e monoicas e a fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, com uma ou mais fases larvais. A maioria dos bivalves e gastrópodes primitivos são dioicos e liberam os gametas na água (fecundação externa), com a formação de uma larva trocófora, capaz de nadar e se desenvolver. Outras espécies podem apresentar uma segunda fase larval, a véliger, em que há o início da formação do pé e da concha.

Gastrópodes como os caracóis-de-jardim são monoicos, com uma gônada hermafrodita: a ovoteste. A transmissão dos espermatozoides se dá pelo contato dos poros genitais e introdução dos pênis. Os espermatozoides ficam armazenados em um receptáculo seminal até que os óvulos amadureçam (a fecundação é interna). O amadurecimento dos óvulos acontece quando eles recebem reservas de alimento da glândula albuminosa. Após a fecundação, os ovos são envoltos por uma casca gelatinosa e são eliminados pelo poro genital. Não há estágio larval, sendo o desenvolvimento direto.

Filo Annelida

Nesse filo, estão presentes as famosas minhocas! Os anelídeos são triblásticos, celomados, possuem simetria bilateral e apresentam o corpo segmentado, dividido em metâmeros muito semelhantes entre si (exceto o primeiro da região anterior que pode conter olhos, antenas e outros órgãos sensoriais). Cada metâmero tem sua musculatura, par de gânglios nervosos, par de órgãos excretores, e um par de bolsas celômicas cheias de líquido, servindo como apoio para contração muscular (esqueleto hidrostático).

Anelídeos possuem três classes:

Polychaeta (poliquetas): anelídeos aquáticos marinhos, cujas espécies podem caminhar no litoral (“errantes”) ou ser sésseis, vivendo em tubos construídos por elas mesmas (“tubícolas”). Possuem muitas cerdas corporais implantadas em expansões laterais do corpo (os parápodes), ambas estruturas auxiliam na locomoção do animal ou na fixação do tubo.

Oligochaetas (oligoquetas): possuem poucas cerdas corporais. Pertencem ao grupo as minhocas de jardim, cujas cerdas (invisíveis a olho nu) podem ser percebidas quando passamos os dedos da região posterior para a anterior do seu corpo. Oligoquetas podem ser terrestres ou de água doce, com poucas espécies marinhas. Minhocas auxiliam no processo de decomposição da matéria orgânica e na fertilização do solo, pois produzem o húmus.

Hirudínea (hirudíneos): desprovidos de cerdas, popularmente conhecidos como sanguessugas. Podem viver na água doce ou em ambientes úmidos, como brejos e pântanos. Alimentam-se sugando fluidos corporais de vertebrados ou de corpo mole. Para tanto, apresentam ventosas nas regiões posterior e anterior do corpo (fixação).

Sistema Digestório Filo Annelida

Apresentam sistema completo. Em algumas espécies, a boca pode conter modificações que auxiliam no processo de escavação do solo. Depois da boca, existe a faringe, que difere entre os animais: em minhocas, ela pode ser sugadora (musculosa), e, em sanguessugas, pode ser provida de estruturas semelhantes a pequenos dentes, responsáveis por perfurar a pele das presas.

Em seguida à faringe, há uma região dilatada, provida de paredes musculosas que trituram o alimento, facilitando a digestão: a moela. No intestino são secretadas enzimas digestivas (a digestão é exclusivamente extracelular) e as células da parede do intestino, absorvem os nutrientes já digeridos e os transferem para os vasos sanguíneos. Os resíduos são eliminados pelo ânus.

Sistema Circulatório e Pigmentos Respiratórios Anelídeos

Exclusivamente fechado, o sistema sanguíneo de anelídeos é composto por um grande vaso dorsal, que conduz o sangue à região anterior, e à um ou dois vasos ventrais, que fazem o sentido inverso. Cada metâmero possui vasos laterais ramificados, que conectam vasos ventrais ao dorsal. Na região anterior do corpo da minhoca, há vasos laterais musculosos, que constituem os corações laterais, responsáveis por bombear o sangue para todo o corpo do anelídeo. Anelídeos podem apresentar pigmentos respiratórios (substâncias coloridas que transportam o oxigênio), como a hemoglobina, que se encontra dissolvida no líquido sanguíneo.

Sistema Respiratório Anelídeos

Os anelídeos marinhos respiram através de brânquias, estrutura respiratória formada por fileiras de filamentos vascularizados, encontradas na maioria dos animais aquáticos. Enquanto os anelídeos terrestres, como as sanguessugas e minhocas, apresentam respiração cutânea, característica de animais que não apresentam estruturas especializadas para realizar trocas gasosas, respirando através da difusão realizada pelas células superficiais da pele.

Sistema Excretor Anelídeos

A excreção dos anelídeos ocorre através de metanefrídios. Esses metanefrídios estão presentes aos pares em todos os metâmeros e atuam removendo os excretas do sangue que circula nos capilares e nas bolsas celômicas. Os excretas são eliminados através dos nefridióporos situados ao longo das laterais do corpo.

Sistema Nervoso e Sistema Sensorial Alenídeos

Existe um par de gânglios cerebrais, localizados no segmento anterior em posição dorsal sobre o tubo digestório. O sistema nervoso é composto também por uma cadeia ganglionar ventral que percorre longitudinalmente o corpo do anelídeo, com um par de gânglios por metâmero.

Espécies marinhas, em especial, podem apresentar órgãos sensoriais desenvolvidos, como tentáculos, olhos e células sensoriais espalhadas pelo corpo.

Reprodução Anelídeos

A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Poliquetos marinhos são dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto: zigotos se desenvolvem em larva trocófora, capaz de progressivamente tornar-se adulta. Oligoquetas e hirudíneos são monoicos, com reprodução por fecundação cruzada mútua.

Em oligoquetas, poros genitais masculinos entram em contato com as aberturas dos receptáculos seminais do outro, havendo troca de espermatozoides e separação. Na região anterior do corpo, há uma estrutura denominada clitelo, responsável por secretar um casulo para lançamento dos óvulos não fecundados. O corpo se contrai, o que faz com que o casulo deslize em direção aos receptáculos seminais, que lançam os espermatozoides armazenados sobre os óvulos. Ao se soltar da minhoca, o casulo se fecha nas extremidades e, em seu interior, os ovos desenvolvem-se em pequenas minhocas (desenvolvimento direto).

Filo Artrópoda

Esse grupo é o mais biodiverso dos animais e nele podemos encontrar as aranhas, os caranguejos e os mosquitos. Esta alta biodiversidade é atribuída, principalmente, à presença de um exoesqueleto protetor que fornece pontos de apoio aos músculos, permitindo movimentos rápidos e eficientes. Estas características permitiram aos artrópodes um grande sucesso nos mais diversos ambientes do planeta, o que explica a enorme diversidade do filo. São seres triblásticos, celomados, com simetria bilateral e corpo segmentado, apresentando sistema digestório completo, com a cabeça possuindo apêndices articulados para auxílio na alimentação. A digestão é extracelular, exclusivamente, realizada por enzimas secretadas pela parede do tubo digestório (hepatopâncreas e cecos gástricos). Nutrientes absorvidos pelas células intestinais são distribuídos pelo corpo com auxílio da hemolinfa (sistema circulatório aberto). Restos não digeridos são liberados pelo ânus.

Apresentam sistema muscular bem desenvolvido, músculos antagônicos (se prendem ao exoesqueleto e atuam de forma antagônica: enquanto um distende, outro contrai) conferem grande eficiência e variedade de movimentos.

Artrópodes aquáticos possuem respiração branquial, enquanto os terrestres possuem respiração traqueal, aranhas e escorpiões podem apresentar pulmões foliáceos.

O sistema circulatório apresenta um coração tubular dorsal, que impulsiona a hemolinfa até as hemoceles. Podem existir corações acessórios, além do principal, que auxiliam no bombeamento. Importante: a hemolinfa transporta nutrientes e excretas celulares. Em crustáceos, há pigmentos respiratórios para transporte de oxigênio, em unirrâmios, com raras exceções, não há transporte de gases (ocorre por meio de traquéias). Unirrâmios e quelicerados podem apresentar eliminação de excretas na cavidade intestinal graças aos Túbulos de Malpighi, que filtram a hemolinfa. Aranhas excretam por glândulas coxais, que se abrem nas pernas, e crustáceos por glândulas antenais, que se abrem na base das antenas. Um par de gânglios cerebrais se conecta a um anel nervoso que circunda o tubo digestório. Este mesmo anel se liga ao cordão nervoso ventral, de onde partem nervos para diversos órgãos.

Seus Principais Subfilos

Crustacea: corpo dividido em cefalotórax e abdome, dois pares de antenas, geralmente cinco pares de pernas cefalotorácicas, além de vários apêndices abdominais. Apresenta exoesqueleto quitinoso impregnado com substâncias calcárias, muito rígido. Exemplos: camarões, lagostas, caranguejos, cracas, etc.

Chelicerata: corpo dividido em cefalotórax e abdome, antenas ausentes, quatro pares de pernas. Possuem um par de quelíceras, estruturas afiadas resultantes da modificação do primeiro par de apêndices bucais, que participam na captura de alimentos, muitas vezes injetando veneno na presa. Exemplos: aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros.

Unirramia: corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Tem um par de antenas, geralmente três pares de pernas. Exemplos: insetos, quilópodes (piolhos de cobra) e diplópodes (lacraias e centopéias). Estes dois últimos grupos apresentam o corpo vermiforme e muitas pernas, sendo genericamente denominados miriápodes.

Exoesqueleto e Muda

As células da epiderme secretam o polissacarídeo quitina para formar o exoesqueleto. Esta estrutura pode ser relativamente flexível em artrópodes, enquanto, em crustáceos (caranguejos, siris, lagostas, etc.), há impregnação do exoesqueleto com carbonato de cálcio, o que o faz mais rígido.

O exoesqueleto impossibilita o crescimento e, por isso, os artrópodes precisam trocá-lo periodicamente, em um processo conhecido como muda ou ecdise. Durante este processo, a epiderme produz um novo exoesqueleto embaixo do antigo, que se rompe dorsalmente e é abandonado pelo artrópode. O exoesqueleto recém-formado é flexível e distende à medida que o corpo do animal cresce, logo após a muda. Depois de algum tempo, ele endurece e o crescimento cessa.

Gráfico que demonstra o crescimento de artrópodes.

Metameria

O corpo dos artrópodes é metamerizado (não tão evidente quanto nos anelídeos). Durante o desenvolvimento, alguns metâmeros se fundem e formam certas partes do corpo, como a cabeça, o tórax e o abdome. Os segmentos anteriores e intermediários se fundem em crustáceos, originando o cefalotórax. Apenas no abdome os metâmeros continuam separados e evidentes.

Apêndices Articulados

A presença de apêndices articulados (com alta movimentação) deu nome ao filo. São eles: peças bucais, antenas, pernas ou nadadeiras. É possível que o ancestral dos artrópodes atuais apresentasse um par de apêndices por metâmero, usados para nadar e respirar. Progressivamente, houve perda de alguns apêndices e especialização para determinadas funções.

Reprodução

A reprodução dos crustáceos é, em sua maioria, dioica. Machos possuem apêndices para transferência de espermatozoides para os receptáculos seminais da fêmea, onde permanecem armazenados. Os óvulos são eliminados e aderem ao abdome da fêmea, onde os espermatozoides armazenados os fecundam (fecundação externa). Seu desenvolvimento pode ser direto ou indireto. Os aracnídeos são todos dioicos. O macho fabrica um saquinho de seda onde elimina seus espermatozoides e, ao encontrar a fêmea, ele introduz o saquinho no poro genital feminino, com auxílio de seus pedipalpos. Apresentam fecundação interna. Ovos são colocados em um casulo de seda tecido pela fêmea, o ovissaco, que pode ser carregado junto à fêmea, ficar preso à teia, ou em ramos de árvores. Seu desenvolvimento é direto, ocorrendo sucessivas mudas durante a vida. Os insetos também são dioicos. Durante a cópula, o macho introduz o órgão genital na fêmea, onde elimina os espermatozoides. A fêmea possui uma espermateca (receptáculo seminal, estrutura de armazenamento de espermatozoides). Os ovos produzidos nos ovários seguem pelos ovidutos, passam pela espermateca e são fecundados. A porção terminal do abdome da fêmea pode formar uma projeção chamada ovipositor, que perfura o solo, frutas, ou mesmo outros animais, para postura dos ovos. Seu desenvolvimento pode ser direto (ametábolos) ou indireto (hemimetábolos ou holometábolos).

Metamorfose Completa e Incompleta

Os insetos podem apresentar metamorfose completa ou incompleta. Insetos hemimetábolos são aqueles cujas formas larvais possuem semelhanças em relação ao indivíduo adulto e, a cada muda, tornam-se maiores. O nome desse processo é metamorfose incompleta ou gradual. As fases larvais hemimetábolas são denominadas ninfas.

Holometábolos, por sua vez, são caracterizados por apresentarem uma forma larval cujo corpo é vermiforme, segmentado, sem olhos ou asas, podendo ou não apresentar pernas. Gradualmente, esta larva sofre mudas sucessivas até se cristalizar, transformando-se em pupa ou crisálida (fase onde os tecidos larvais são destruídos e formam-se novos tecidos, característicos do adulto). A transformação de larva em adulto é denominada metamorfose completa.

Filo Equinoderma

Características Gerais

Equinodermos são animais marinhos, como os ouriços-do-mar, os pepinos-do-mar (holotúrias), as estrelas-do-mar, os lírios-do-mar, entre outros. São os invertebrados evolutivamente mais próximos aos cordados. São deuterostômios, triblásticos, celomados, com esqueleto interno de origem mesodérmica: sua formação difere entre as classes de equinodermos, simetria bilateral nas fases larvais e radial quando adultos; não apresentam sistema circulatório.

Apresentam um sistema ambulacral (ou hidrovascular) que consiste em um conjunto de bolsas e tubos cheios de água do mar, que se comunica com apêndices externos, os pés ambulacrais (formações musculares flexíveis em forma de tubos).

A água penetra neste sistema por meio de uma placa perfurada presente no corpo do animal, denominada madreporito (assemelha-se ao crivo de um chuveiro). Esta placa, por sua vez, se comunica com um tubo circular de onde partem geralmente cinco dutos, que percorrem o corpo internamente e apresentam centenas de pequenas ampolas musculosas, ligadas aos pés ambulacrais, que se projetam para fora do corpo do animal. As ampolas atuam como bombas hidráulicas pressionando a água para dentro de cada pé ambulacral. Estes se distendem e podem grudar em objetos, por meio de uma ventosa presente em suas extremidades. Quando a musculatura do pé ambulacral se contrai, a água é forçada a voltar para a ampola e ele se torna flácido, soltando a ventosa. Este mecanismo permite que os pés ambulacrais estendam-se e contraiam-se harmoniosamente, sob controle do sistema nervoso, permitindo a locomoção e a fixação em diferentes objetos, além da captura de alimento.

Os equinodermos são divididos em 5 classes:

Asteroidea: estrelas-do-mar. Apresentam endoesqueleto formado por placas articuladas;

Echinoidea: ouriços-do-mar e bolachas-do-mar. Apresentam endoesqueleto formado por placas soldadas entre si;

Ophiuroidea: serpentes-do-mar;

Crinoidea: lírios-do-mar;

Holothuroidea: pepinos-do-mar. Apresentam endoesqueleto na forma de ossículos espalhados entre a musculatura da parede do corpo.

Muitos equinodermos apresentam, conectados ao endoesqueleto, espinhos articulados e recobertos por fina epiderme. Pedicelárias são estruturas móveis, com pinças nas extremidades, especializadas em remoção de detritos e pequenos animais que aderem ao corpo, mantendo-o sempre limpo.

Sistema Digestório

Estes animais possuem boca, esôfago, estômago, intestino e ânus. A digestão é exclusivamente extracelular. A distribuição dos nutrientes é realizada pelo líquido celômico. A boca se localiza na região ventral do animal, ao centro. Ela é dotada de cinco dentes calcários ligados à lanterna de Aristóteles (estrutura esquelética constituída por ossículos e músculos).

Respiração e Excreção

A respiração é branquial e os gases respiratórios difundem-se no líquido celômico para chegar a todos os tecidos do corpo. As brânquias também atuam junto à eliminação de excretas: há dez brânquias situadas ao redor da boca em ouriços-do-mar; há centenas de papilas respiratórias situadas entre os espinhos nas estrelas-do-mar. Há um conjunto de brânquias internas em holotúrias; ramificadas, formam a árvore respiratória, estrutura responsável pela excreção e respiração.

Sistema Nervoso e Sensorial

Equinodermos apresentam um anel nervoso em torno da boca, de onde partem nervos radiais que se ramificam para todo o corpo. O sistema sensorial é reduzido, com poucos receptores químicos e táteis situados ao redor da boca e nos pés ambulacrais.

Reprodução

São animais dioicos, com gônadas localizadas na cavidade celômica. Os óvulos e espermatozoides são eliminados na água do mar, onde se encontram, caracterizando uma fecundação externa. Seu desenvolvimento é indireto: há formação de uma forma larval, livre-natante e com simetria bilateral chamada de plúteo. Estrelas-do-mar apresentam duas formas larvais: a bipinária e a braquiolária. Apresentam alta capacidade de regeneração – estrelas-do-mar podem regenerar braços perdidos, e ouriços-do-mar podem regenerar espinhos e pedicelárias.

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