Desde muito cedo, diferentes sociedades utilizaram os mapas para facilitar as tarefas da vida cotidiana. Os povos indígenas da América do Norte, por exemplo, desenhavam em peles de animais ou em cascas de árvores uma espécie de zoneamento do território no qual viviam, identificando as áreas de caça, pesca e pastagem. Os esquimós da Groenlândia, aqueles dos iglus, entalhavam seus mapas na madeira, representando com razoável precisão o mosaico de ilhas e estreitos nos quais navegavam. Existem diversos e interessantes exemplos de cartografia antiga.
Mas os mapas primitivos e antigos não eram apenas instrumentos de uso prático, eram também uma forma de expressão cultural e de crenças dos povos que se utilizavam da arte cartográfica. Afinal, todo mapa, se liga nisso, revela uma determinada visão de mundo. A história da cartografia é, um pouco, a história da forma como a humanidade pensou o universo, o planeta e a si própria ao longo dos milênios. Desta maneira, cada mapa antigo constitui um patrimônio cultural de valor inestimável para a compreensão de povos da antiguidade.
Ler um mapa é saber agir sobre o espaço e interpretar suas singularidades, é saber identificar fenômenos reais expressos em formas abstratas, daí os diversos tipos de plantas, cartas e mapas. Dentre os principais tipos de mapas, encontramos:
► Mapas físicos: representam aspectos naturais do terreno, como o clima, o relevo, a hidrografia, a vegetação, etc. Nos módulos que trabalham com a geografia física, você vai ver alguns deles.
► Mapas políticos: mostram as divisões políticas entre continentes, países, estados, etc. São os mais comuns e também vão aparecer de maneira bem frequente ao longo deste livro.
► Mapas demográficos: trabalham com aspectos da população como as migrações, a densidade demográfica, a população absoluta, etc.
► Mapas econômicos: mostram-nos aspectos econômicos de um território, tais como: áreas agrícolas, distribuição industrial, valor do PIB, e outros elementos desta área.
► Mapas temáticos: expressam fenômenos específicos da área representada, como endemias, áreas de exploração mineral, localização de portos, rodovias, etc.
► Entre outros.
Apesar da diversidade de representações da superfície, meu rei, a eles são comuns certos aspectos, certos pontos que tendem a ser universais, conhecidos como elementos cartográficos, essenciais à interpretação dos mapas. Estes elementos cartográficos são: o título, as convenções ou símbolos cartográficos (apresentados na legenda), a orientação, o sistema de coordenadas geográficas, as projeções cartográficas e a escala.