Introdução à Botânica

E aí, galera do Me Salva! Nesta apostila, vamos falar sobre as plantas. Plantas, plantas e mais plantas! Esses seres vivos estão aqui desde muito antes de nós, seres humanos, e possuem uma variedade incrível de espécies, muitas adaptações ao meio em que vivem e, de quebra, ainda podemos nos alimentar de grande parte deles. São muito incríveis mesmo, né? Ao longo desta apostila, vamos estudar, inicialmente, os grupos das plantas e sua evolução, como elas se reproduzem e seus ciclos de vida. Além disso, também iremos entender como elas se desenvolvem, crescem e como seu organismo funciona para elas sobreviverem.

Elas são seres eucarióticos, multicelulares, autótrofos fotossintetizantes e apresentam alternância de gerações diploide e haploide em seu ciclo de vida, o que significa que elas têm um fase de esporófito (2n) e outra de gametófito (n). As plantas possuem camadas de células estéreis envolvendo os gametângios, anterídios e arquegônios (órgãos de reprodução), e diferem das algas multicelulares por formarem embriões que recebem alimento diretamente do corpo da planta-mãe por algum tempo durante seu desenvolvimento, já que ficam retidos no arquegônio. Por essa característica de reterem os embriões em seus corpos, as plantas são chamadas de embriófitas. Em contrapartida, assemelham-se às algas verdes e vermelhas por possuírem cloroplastos derivados de endossimbiose primária. As plantas, possivelmente, surgiram de um grupo ancestral de algas verdes.

As plantas também podem se reproduzir de forma assexuada. Esse tipo de reprodução pode ser através de: propágulos, fragmentação, propagação vegetativa, estaquia, mergulhia, alporquia e enxertia. A reprodução através de propágulos, ocorre em musgos e hepáticas (briófitas), plantas capazes de formar estruturas ricas em células meristemáticas, capazes de produzir uma nova planta. Estes propágulos ficam protegidos por conceptáculos. A fragmentação é o principal meio de reprodução assexuada em briófitas e consiste na capacidade de certas partes do corpo da planta originarem outras plantas. A propagação vegetativa é mais comum em plantas vasculares e ocorre a partir de botões vegetativos ou gemas (formados por tecidos indiferenciados que podem originar raízes e toda uma nova planta). Já a estaquia, a mergulhia, a alporquia e a enxertia são formas de reprodução assexuada das plantas em que há a interferência do ser humano. Na estaquia, ocorre o cultivo de caules cortados contendo as gemas, e a gema apical (da ponta) deve ser removida para que não iniba o desenvolvimento das gemas laterais. No método de mergulhia, parte do ramo da planta é mantido enterrado até que surjam raízes. A alporquia consiste em fazer um pequeno corte em um ramo e se coloca, presa a ele, terra úmida envolta por um saco. A enxertia é o transplante de uma muda (cavaleiro ou enxerto) para uma outra planta provida de raízes (cavalo ou porta-enxerto), as plantas devem ser da mesma espécie ou de espécies próximas, pois o câmbio do cavalo deve entrar em contato com o câmbio do cavaleiro.

As plantas são divididas em criptógamas e fanerógamas, de acordo com as suas estruturas reprodutoras. As criptógamas, representadas pelas briófitas e pteridófitas, apresentam estruturas reprodutoras pouco visíveis. Já as fanerógamas/espermatófitas, representadas pelas gimnospermas e angiospermas, possuem estruturas reprodutoras evidentes. Vamos estudar cada um desses grupos a seguir.

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