Os holandeses – que dominavam territórios no nordeste brasileiro em um contexto de conflito na Europa (Guerra dos Trinta Anos) – e a Companhia das Índias Ocidentais, aquela organização criada pelos holandeses para explorar e formar um bloco mercantil, pressionavam os senhores de engenho locais para saldar as dívidas contraídas. Para elevar as taxas de lucro, elevaram também o preço das mercadorias importadas e dos escravizados negros.
Nassau, não concordando com as novas diretrizes administrativas da Companhia, acabou por ser exonerado do governo. Sem a sua presença, somado ao endurecimento das ações da Companhia, houve inúmeras falências entre os produtores de açúcar! Eles, então, fizeram o quê? Se organizaram contra tudo isso que estava acontecendo! Passaram a apoiar um movimento de “insurreição” contra os invasores estrangeiros. Os primeiros líderes do movimento foram João Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Felipe Camarão e Henrique Dias.
As duas batalhas dos Guararapes, em 1648 e 1649, foram decisivas para a derrota dos holandeses. Elas reuniram forças do Estado do Maranhão e do Governo Geral da Bahia. Os holandeses capitularam em 26 de janeiro de 1654 e reconheceram formalmente a soberania portuguesa sobre a vila de Recife em 1661. O tratado ficou conhecido como Paz de Haia.
Para saber mais, veja também:
- Pré-Colônia
- Início da Colonização
- Governo Geral
- Escravizados
- O Ciclo do Açúcar
- União Ibérica e Invasões Holandesas
- As Bandeiras
- O Ciclo do Ouro
- Diversificação Agrícola
- Resistência Negra e Movimentos Nativistas
- Reformas Pombalinas (1750-1777)
- Movimentos de Emancipação no Período Colonial
- Crise do Sistema Colonial
- Revolução Pernambucana (1817)
- Revolução do Porto e a Independência