Depois de estudar os principais aspectos das revoluções inglesas, veremos os ícones do pensamento iluminista. Para começar, vamos tentar compreender as críticas ao Antigo Regime, tendo em vista que, apesar do Iluminismo não ser homogêneo e uniforme em suas concepções, os pensadores iluministas compartilhavam de uma posição contrária ao Antigo Regime.
A Crítica Iluminista
Em linhas gerais, é importante saber que os iluministas criticavam as “algemas” que o Antigo Regime impunha aos seres humanos, como o tradicionalismo religioso e medieval, as práticas supersticiosas das Igrejas e a divisão irracional e hierárquica dos homens de acordo com o nascimento (HOBSBAWM, 2011, p.48). Ou seja, os iluministas se opunham aos privilégios do monarca, do clero e da nobreza, ao passo que defendiam ideias como o liberalismo político e econômico, a tolerância religiosa, a igualdade jurídica e a liberdade de expressão, entre outras.
A Razão Iluminista
Como já foi dito, os iluministas constituíam um grupo diverso e, não raro, discordavam entre si. Porém, algumas características comuns podem ser atribuídas ao “projeto das Luzes” (TODOROV, 2008). Uma delas é a convicção de que os seres humanos – o indivíduo – têm autonomia para pensar e criticar livremente. Para tanto, os indivíduos deveriam se emancipar das “algemas” citadas anteriormente, sobretudo as de ordem religiosa. O conhecimento, nesse sentido, é libertador (TODOROV, 2008, p.17). Em resumo, vocês precisam compreender que os iluministas defendiam o uso da razão não para determinar as condutas humanas, mas para que os indivíduos pudessem conhecer, compreender e julgar de forma livre e independente. Como resultado da confiança na razão e no conhecimento, o que se viu durante o “século das Luzes” foi o desabrochar da ciência em variadas áreas, como a Física, a Química, a Biologia, a Psicologia, etc.