O fotoperíodo corresponde à duração do período iluminado do dia. Algumas espécies têm seu florescimento estritamente relacionado a esse fator (essa resposta fisiológica chama-se fotoperiodismo). As plantas podem ser classificadas de três maneiras de acordo com seu fotoperiodismo. As plantas de dia curto florescem quando a duração da noite é igual ou maior ao fotoperíodo crítico (valor-limite). Elas florescem no fim do verão, no outono ou no inverno. As plantas de dia longo florescem quando submetidas a períodos de escuro menores que o fotoperíodo crítico. Essas plantas florescem ao final da primavera e no verão. As plantas que florescem independentemente do fotoperíodo têm sua floração em resposta a outros tipos de estímulos.
Fitocromos e Desenvolvimento
O fitocromo é uma proteína verde-azulada presente no citoplasma vegetal que confere às plantas a capacidade de responder ao fotoperíodo. Ela pode estar presente em duas formas interconversíveis: o fitocromo R (forma inativa – phytochrome red – fitocromo vermelho), e o fitocromo F (forma ativa — phytochrome Far red – fitocromo vermelho-longo).
O fitocromo R pode se transformar em F ao absorver luz vermelha no comprimento de onda na faixa dos 660 nm; o contrário ocorre quando a planta absorve comprimento de onda vermelha na faixa de 730 nm ou na escuridão. A planta recebe ambos os comprimentos de onda durante o dia e, portanto, possui os fitocromos F e R. À noite, apenas o fitocromo R pode se formar. Dependendo do período de escuridão, a conversão pode ser total, fazendo com que a planta apresente apenas o fitocromo R (Fig. 21).
Em plantas de dias curtos, o fitocromo F inibe a floração; plantas de dia longo florescem se o período de escuro não for muito prolongado, pois o fitocromo F induz a floração.
Além disso, os fitocromos também atuam sobre a germinação de sementes. Esse é o motivo pelo qual várias sementes precisam ficar expostas à luz para germinar (indução pelo fitocromo F).
