O relevo brasileiro, por ser muito antigo, vem sofrendo a ação dos agentes externos (principalmente água e vento) em seu trabalho de erosão, sedimentação e transporte. Pela antiguidade de seu território, o Brasil não apresenta grandes altitudes; segundo o IBGE, cerca de 99% do país é formado por terrenos com menos de 1.200 metros de altitude.
O clima tipicamente quente e úmido do país condiciona os mecanismos externos de atuação do intemperismo e da erosão sobre as rochas cristalinas e sedimentares.
As regiões úmidas, em geral, são caracterizadas por formas de relevo suaves e arredondadas, de topos convexos, como os pães de açúcar e as meias-laranjas das zonas tropicais, típicas das serras elevadas do Sudeste brasileiro. As águas das chuvas, com enxurradas, além dos rios e cachoeiras, são os principais modeladores desse relevo.
Nas regiões áridas, destacam-se as formas abruptas, por causa da desagregação mecânica do material rochoso e da ação torrencial das chuvas irregulares, características do clima semiárido nordestino.
Além do clima, que comanda a maior parte dos fatores externos que atuam sobre o modelado terrestre, o Brasil possui uma densa rede hidrográfica, o que faz dos seus rios importantes agentes de erosão (em formas elevadas) e sedimentação (em planícies).
Predominam três grandes formas de relevo no país: planaltos, planícies e depressões relativas. Entretanto, temos alguns termos específicos para denominar outras formas de relevo, como:
► Serra: designa um conjunto de formas variadas de relevo, como dobramentos antigos e modernos e escarpas de planaltos (terrenos acidentados, com fortes desníveis). Seu uso não é rígido, sofrendo variações na sua definição em diferentes regiões do país;

► Chapadas: tipo de planalto sedimentar, cujo topo é aplainado e as encostas, escarpadas. Também é chamado de planalto tabular;

► Inselbergs: saliência encontrada em regiões de clima árido e semiárido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à erosão que o material ao seu redor;

► Cuestas: forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave. Essa diferença de inclinação ocorre porque os agentes externos atuaram sobre rochas com resistências diferentes. É típico de bacias sedimentares.