Há duas formas de estudarmos a formação de Roma. Por um lado, os romanos acreditavam que suas origens provinham dos irmãos Rômulo e Remo, gêmeos que teriam sido levados pelo Rio Tibre (que corta a cidade de Roma) e encontrados por uma loba, que cuidou das crianças até que um fazendeiro as encontrasse e as criasse. Na história, os gêmeos eram netos do rei Numitor, de Alba Longa; Numitor foi destronado por Amúlio e, quando os gêmeos cresceram, teriam reconquistado o trono de Alba Longa e devolvido a Numitor. Contudo, com o crescimento da fome de poder, Rômulo assassinou o irmão para ficar com a cidade, que passou a se chamar Roma, por conta de seu governante.
Esse é o chamado mito fundador da cidade de Roma. A partir dele, os Romanos criaram níveis de crença sobre suas formações culturais, educacionais e militares. Isso era muito comum entre os antigos e, se pensarmos bem, até entre nós é algo comum.
Entretanto, o que a Historiografia estudou ao longo dos anos nos ajuda a entender que a formação de Roma foi bem diferente do que o mito fundador diz.
Três grupos de povos chegaram em regiões distintas naquele espaço da península Itálica: Italiotas, Etruscos e Gregos.

Italiotas, por volta do ano 2000 a. C.; Etruscos, que chegaram no século VIII a.C.; e os Gregos, que ocuparam a península quase no mesmo momento em que os Etruscos.
Mas o que nos interessa aqui é o formato político e social de Roma.
Antes de mais nada, é preciso que se faça uma ressalva muito parecida com a que se fez em relação à Grécia: a cidade de Roma atual não tem relação direta com a Roma antiga, a não ser pela sua localização. Roma ficou conhecida por ser uma espécie de “cidade-estado”, mas também foi uma monarquia, uma república e um império. Vejamos um por um esses momentos políticos romanos.