Fontes de Energia Alternativas

Ventos

O Brasil possui um ótimo potencial eólico, sobretudo na sua região litorânea. No entanto, a utilização desta fonte energética ainda é pouco aproveitada em grande escala.

O mapa a seguir mostra que as regiões com maior potencial medido são Nordeste, principalmente no litoral (75 GW); Sudeste, particularmente no Vale do Jequitinhonha (29,7 GW); e Sul (22,8 GW), região em que está instalado o maior parque eólico do país, o de Osório, no Rio Grande do Sul, com 150 MW de potência. Mas, no país, o vento é utilizado principalmente para produzir energia mecânica utilizada no bombeamento de água na irrigação.

Destaca-se o Parque Eólico de Osório, um dos maiores da América Latina. Ele é formado por três parques: Osório, Sangradouro e Índios, somando mais de 90 cataventos, com 150 MW de potência total. O Parque de Osório possui capacidade para abastecer cerca de 600 mil residências.

O Parque Eólico Geribatu, localizado no município de Santa Vitória do Palmar, no extremo Sul gaúcho, foi inaugurado em 2015. Com 258 megawatts (MW) de potência instalada e 129 aerogeradores que ocupam um terreno de 4,8 mil hectares, Geribatu é um dos três parques que compõem o Complexo Eólico Campos Neutrais, o maior da América Latina até então.

Outro estado com forte investimento neste tipo de energia é o Ceará. A usina de Praia Formosa, em operação desde 2009, tem potência instalada de 104 MW. A de Aquiraz, já pronta, atende uma população de quase 100 mil pessoas.

Biomassa

No Brasil, em 2016, a biomassa foi responsável por 8,83% do total da matriz elétrica nacional, sendo a terceira fonte de energia mais usada no Brasil.

Destaca-se no território brasileiro, principalmente, no que diz respeito ao uso da cana-de-açúcar (produção do etanol). Além disso, no mercado internacional, o Brasil se destaca como o segundo maior produtor de etanol que apresenta potencial energético similar e custos muito menores que o etanol de países como Estados Unidos e regiões como a União Europeia.

A produção de biodiesel também é crescente e, se parte dela é destinada ao suprimento interno, parte é exportada para países desenvolvidos, como os membros da União Europeia.

Além do uso da cana-de-açúcar, outros recursos orgânicos podem ser considerados biomassa. Assim, qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica é classificada como biomassa. De acordo com a sua origem, pode ser: florestal (madeira, principalmente), agrícola (soja, arroz, entre outras) e rejeitos urbanos, industriais e agrícolas (sólidos ou líquidos, como o lixo e o bagaço de cana-de-açúcar). Os derivados obtidos dependem tanto da matéria-prima utilizada (cujo potencial energético varia de tipo para tipo) quanto da tecnologia de processamento para obtenção dos energéticos.

Sol

Apesar da maior parte do território nacional estar situado em zona intertropical, o que ocasiona ótima incidência solar, pouco desta fonte é aproveitada.

Assim como ocorre com os ventos, o Brasil é privilegiado em termos de radiação solar. O Plano Nacional de Energia 2030 reproduz dados do Atlas Solarimétrico do Brasil e registra que o Nordeste possui radiação comparável às melhores regiões do mundo nessa variável, como a cidade de Dongola, no deserto do Sudão, e a região de Dagget, no Deserto de Mojave, Califórnia. O que, porém, não ocorre com outras localidades mais distantes da linha do Equador, como as regiões Sul e Sudeste, onde está concentrada a maior parte da atividade econômica.

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