Figuras de Pensamento

São figuras que trazem uma ideia diferente daquela que a palavra e/ou expressão apresenta usualmente. São elas: antítese, ironia, eufemismo, hipérbole, reticência, gradação, apóstrofe, prosopopeia e paradoxo.

Antítese: para destacar um conceito ou uma ideia, usa-se palavras de sentido oposto lado a lado.

Ironia: é uma figura de pensamento muito comum, mas difícil de
explicar, pois é típica da língua falada. Em geral, usa-se palavras e expressões que significam o contrário do que se pensa, para demonstrar irritação, frustração ou sarcasmo:

Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/shopping-1/ Data de acesso: 28/06/2016

Se pensarmos na tirinha inteira, é possível perceber a ironia da última fala de Joaninha: ela está criticando a opção de Tuta de ir ao shopping.

► Eufemismo: ao invés de optar por uma palavra que possa ofender a alguém, elege-se uma palavra ou expressão mais amena.

“Fani Pacheco chama a atenção com quilinhos a mais e dispara:
“Sou ser humano””

Disponível em: http://www.portaldoholanda.com.br/famosos-tv/fani-pacheco-chama-atencao-com-quilinhos-mais-e-dispara-sou-ser-humano Data de acesso: 26/08/2016.

No caso acima, o site optou por dizer que a celebridade estava com “quilinhos a mais”, ao invés de dizer que ela estava gorda, de maneira a atenuar a expressão, para evitar um possível desrespeito.

Hipérbole: é a figura de linguagem do exagero, na maioria dos casos usada para enfatizar a frase.

“Vamos almoçar, estou morrendo de fome.”

Gradação: são ideias ou expressões dispostas em uma determinada ordem e função na frase. É muito comum na música, dando a ideia de pontos altos e pontos baixos:

“Uma pirueta / Duas piruetas / Bravo, bravo / Superpiruetas / Ultrapiruetas”

Prosopopeia ou personificação: ocorre quando se atribui características humanas e/ou animais a seres inanimados.

“A guitarra do último álbum da banda ficou insana.”

Paradoxo ou oxímoro: são duas ideias opostas e excludentes que aparecem na mesma frase. O exemplo clássico dessa figura de linguagem está no soneto abaixo, de Luís de Camões:

Amar é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Toda dor dói e todo contentamento é contente. Uma dor que não se sente e um contentamento descontente são paradoxos, que podem ser considerados figuras de pensamentos.

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