Chama-se Feudalismo a estrutura econômica, política e social que predominou na Europa Ocidental após a desintegração do sistema escravista greco-romano. Este sistema, embora em gestação desde a queda do Império Romano do Ocidente e os processos de ruralização da economia e pulverização do poder central, teve seu apogeu por volta do século IX d.C, após a dissolução do Império Carolíngio. Só a partir do século XI, quando se iniciaram diversas mudanças significativas para a economia feudal, é que as atividades baseadas no comércio e na vida das cidades, pouco a pouco, ganharam impulso.
Para o conjunto europeu, do ponto de vista econômico, o sistema feudal apresentava predomínio da agricultura para o consumo local, comércio muito reduzido ou até inexistente e ausência ou baixa utilização de moedas, consequência clara do vácuo de um poder político central. Lembremos que, do ponto de vista espiritual, a Europa Ocidental encontrava-se unificada pelo poder crescente da Igreja Católica.
O feudo, unidade de produção agrária, era o átomo básico desta estrutura de produção. Ele pertencia a uma camada de senhores feudais, que poderiam ser membros do alto clero ou nobres guerreiros.
A área de cada feudo apresentava-se dividida em três partes:
► Manso senhorial ou domínio: área explorada pelos servos diretamente em benefício do senhor. Nessa área erguia-se o castelo;
► Manso servil: corresponde às terras arrendadas pelos servos para exploração própria, mas sobre as quais deviam obrigações e taxas ao senhor feudal;
► Manso Comunal: formado por terras – normalmente pastos e bosques – de uso comum a senhores e camponeses.


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