Fenômenos Urbanos

A população mundial residente em áreas urbanas (2010) chegou a 52%, com graus diferenciados entre países desenvolvidos e América do Sul e Central (75%) e países subdesenvolvidos (37%).

Com o aumento da urbanização, a área das cidades cresce e os limites entre cidades vizinhas se confundem. Esse processo, chamado conurbação, aparece no Brasil em 1980 e prossegue até hoje, fazendo surgir as regiões metropolitanas – conjunto de áreas (municípios no Brasil) contíguas e integradas socioeconomicamente a uma cidade principal (metrópole), com serviços públicos de infraestrutura comuns. As metrópoles correspondem às cidades principais, isto é, aquelas que têm os melhores equipamentos urbanos do país ou de uma região do país – Nova York, Tóquio, Sydney e São Paulo são exemplos de metrópoles nacionais; Seattle, Porto Alegre e Salvador são exemplos de metrópoles regionais. Existem, ainda, as aglomerações urbanas, que podem ou não ser regiões metropolitanas. No Brasil, existem 35 aglomerações urbanas não metropolitanas.

Outra tendência observada no atual processo de urbanização é que os grandes centros urbanos tornam-se cada vez mais policêntricos, isto é, cada distrito ou bairro mais importante passa a possuir seu próprio centro.

Megalópole: é uma vasta área urbanizada, resultante da conurbação de duas ou mais metrópoles. No Brasil, observa-se a formação de uma megalópole no Vale do Paraíba, entre a Grande São Paulo e a Grande Rio de Janeiro. A principal megalópole do mundo encontra-se no nordeste dos EUA (conhecida como Boswash) e abrange a área que vai de Boston (Bos) até Washington (Wash), com centro maior em Nova Iorque. Em 2011, dados apontaram a existência de 36 megalópoles no mundo, sete nas regiões desenvolvidas e as outras nas áreas em desenvolvimento.

Megacidade: aglomerações urbanas que possuem mais de 10 milhões de habitantes. Em 1975, havia três megacidades, atualmente, são 21, principalmente na Ásia.

Fontes: ONU, World Population Prospects, 2011

Cidades Globais: cidades com influência global, não sendo necessariamente megacidades, já que esta influência está relacionada à globalização de indústrias e investimentos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Loughborough (Reino Unido), há 55 cidades globais divididas em três níveis (alfa, beta e gama), de acordo com o poder de polarização de cada uma na economia global. Dentre as cidades globais, quatro são consideradas os pólos da economia global, os principais nós da rede urbana mundial: Nova York, Tóquio, Londres e Paris.

Ex.: Nova York (EUA) – alfa; Zurique (Suíça) – beta; Amsterdã (Holanda) – gama; Frankfurt (Alemanha) – alfa; Milão (Itália) – alfa, entre outras.

Tecnopolos ou cidades tecnológicas: o conceito foi posto em prática pela primeira vez no Japão, quando o governo realizou uma política de instalação de vinte cidades científicas, ou tecnopolos. A ideia ganhou força na Europa, porém, o melhor exemplo é o Vale do Silício, na Califórnia. Podem nascer espontaneamente ou através de um planejamento, como no caso francês, em que quarenta tecnopolos estão previstos e se sustentarão pela aliança entre governo, iniciativa privada e o meio acadêmico (universidades e pesquisas).

Os tecnopolos são criados em cidades médias onde a qualidade de vida é melhor, já que não dependem de grandes concentrações urbanas e desenvolvem pesquisa de alto nível (setor quaternário). A infraestrutura de fibra ótica, de internet banda larga e telecomunicações é condição essencial para a instalação desses centros.

No Brasil, o tecnopolo pioneiro é o de Campinas, que se desenvolveu em torno da Unicamp. Destacam-se, ainda, os de São José dos Campos (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e de São Carlos (Universidade de São Carlos), todos no estado de São Paulo.

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