A Europa tem 760,3 milhões de habitantes e é o único continente com tendência de diminuição da população, em razão de taxas de fecundidade baixas e envelhecimento. Essa tendência é mais forte no Leste Europeu, onde há países, como Ucrânia, Bulgária e Belarus, que já enfrentam a redução populacional. O mesmo ainda não ocorre na Europa Ocidental, sobretudo como resultado da entrada permanente de imigrantes legais e clandestinos. A forte pressão imigratória no continente provoca tensões, principalmente quando as taxas de desemprego são elevadas, o que faz com que diversos países europeus discutam políticas para restringir a imigração legal e reprimir a ilegal.

A concentração populacional é alta no centro e no oeste e menor nas porções norte e leste. Metade dos europeus vive em cidades pequenas, com até 5 mil habitantes. As grandes, como Berlim, Londres, Madri, Moscou, Paris, Roma e São Petersburgo, concentram um quarto da população. A maioria dos habitantes fala idiomas do tronco indo-europeu – os principais são do ramo latino (francês, italiano, espanhol, romeno, português, catalão), do germânico (alemão, inglês, holandês, sueco, dinamarquês) e do eslavo (russo, ucraniano, polonês, servo-croata, tcheco, búlgaro). Há também idiomas de outras famílias linguísticas, como o húngaro, o finlandês e o basco.
Sede da Revolução Industrial, a Europa é o primeiro continente a modernizar sua economia, e seu parque industrial é um dos mais avançados, assim como sua tecnologia em agriculturas e criações animais. A Europa Ocidental concentra cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente, fato que expõe os contrastes de desenvolvimento econômico e social entre os países do Oeste e as nações do Leste. Após fazer parte do antigo bloco comunista, os Estados da Europa Oriental buscam aprofundar uma economia de mercado desde os anos 1990. Após uma retração significativa em suas atividades econômicas durante esse período de adaptação, muitos países do Leste, como Polônia e Eslovênia, vêm obtendo resultados econômicos mais expressivos nos últimos anos.
Na indústria, destacam-se os setores: automobilístico, têxtil, químico, siderúrgico, de telecomunicações, de bens de capital, transportes e bélico. Na mineração, sobressai a extração de carvão e de minério de ferro. A produção agropecuária é significativa, mas emprega pequena quantidade de mão de obra por causa da utilização intensiva de máquinas e de técnicas avançadas de cultivo. Entre os principais produtos estão leite, carne bovina e suína, centeio, batata, aveia e trigo. Para estimular as exportações agrícolas, a União Europeia concede subsídios da ordem de 50 bilhões anuais aos produtores rurais. A medida é contestada na Organização Mundial do Comércio (OMC) por distorcer o comércio mundial e prejudicar os agricultores de países mais pobres. Para o período 2014-2020, a previsão é que os subsídios agrícolas consumam 38% do orçamento total da União Europeia.
De acordo com o Banco Mundial, o PIB da União Europeia gira por volta de 21 trilhões de dólares, o que faz da UE uma força econômica capaz de rivalizar com os Estados Unidos (que registram PIB de 17,8 trilhões de dólares). Maior polo turístico do planeta, a Europa recebeu mais de 563 milhões de visitantes em 2013, o que representa 52% do total mundial, segundo o balanço da Organização Mundial de Turismo.
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