Euclides da Cunha

O contexto de Os Sertões é o final do século XIX. Na terra árida do sertão da Bahia, com crises econômicas, falta de trabalho e seca, surge a figura de Antônio Conselheiro. Pregador do cristianismo em pequenas comunidades desde 1883, Conselheiro ajuda a população trabalhando solidariamente na construção de casas, cemitérios e capelas. Na década de 1890, importante salientar, ele vai – e leva com ele centenas de fiéis – para uma pequena comunidade desértica chamada Canudos. Conselheiro funda uma comunidade cristã primitiva autônoma do Governo. Essa autonomia começa a preocupar os governantes e a Igreja tradicional. Surge o falso boato de que a comunidade de Canudos é antirrepublicana e que visa reinstaurar a monarquia. O exército é enviado para a região a fim de acabar com a comunidade. Começa a Guerra de Canudos. Euclides a Cunha, jornalista, é convidado a ir para o front de guerra e percebe, assim, a pobreza e a aridez da vida dos sertanejos.

A obra é dividida em três partes: 1) A Terra; 2) O Homem; 3) A Luta. Mistura entre jornalismo e literatura, Os Sertões é uma obra também de pesquisa. Narração da realidade da injusta guerra, a obra parte de um estudo, por parte do autor, de Geografia, Antropologia e Sociologia, com o objetivo de entender a situação do sertanejo e de interpretar – além da opinião do senso comum – a realidade do sertanejo.

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Disponível em: Data de acesso: < http://www.culturatura.com.br/obras/Os%20Sert%C3%B5es.pdf > 18/04/2019

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