Atomística
Muito provavelmente, vocês já ouviram falar do modelo atômico de Bohr, não é? Sim, aquele mesmo que você aprendeu com o professor de química! Bem, nesse próximo capítulo iremos estudá-lo novamente, a diferença aqui é que utilizaremos uma nova abordagem: através de conceitos da Física Quântica! Estudaremos como essa “nova Física” foi fundamental para a criação deste modelo!
O Modelo Atômico de Bohr
Bom, antes de entendermos onde a Física Moderna entrou nessa história, precisamos relembrar um pouco das características do modelo atômico que era aceito antes das descobertas de Bohr. Lembra qual era? Isso mesmo, o modelo atômico de Rutherford.
Rutherford já sabia que o átomo era composto por um centro positivo, composto de muita massa, no qual os elétrons orbitavam em volta. Entretanto, existia um problema nessa sua teoria que nem ele e nem a Física Clássica conseguiam solucionar: se os elétrons podem emitir e ganhar energia constantemente, como que eles conseguem manter sua órbita praticamente fixa? Como eles não acabam colidindo com o núcleo do átomo? E foi justamente aí que Bohr apareceu! Utilizando a teoria quântica de Planck e Einstein, ele solucionou o problema dos elétrons. Bohr considerou que existiam “camadas” de energia na eletrosfera do átomo, locais onde os elétrons poderiam orbitar de modo “estacionário”, ou seja, mantendo sua energia fixa!

Mas não é só isso! Ele afirmou que todos os elétrons que orbitam em cada uma dessas “camadas” possuem a mesma energia e que o único modo destes elétrons transitarem entre estas camadas era absorvendo ou perdendo energia! Ué, elétron absorvendo energia? Já não vimos isso antes nesse capítulo? Com certeza! Bohr afirmou que para que um elétron trocasse de órbita eletrônica ele deveria ganhar ou perder um fóton! Sim, aquele mesmo descoberto por Planck!
A Energia das Camadas Eletrônicas
Nesta parte, falaremos um pouco de alguns detalhes que envolvem essas órbitas eletrônicas explicadas por Bohr. A primeira coisa muito importante que você deve conhecer é que quanto mais próxima do núcleo do átomo, menos energética é a camada. Consequentemente, quanto mais afastada do núcleo uma camada é, maior é a sua energia. E é justamente disto que conseguimos deduzir o que acontece quando os elétrons se movimentam entre essas camadas!
Para que um elétron transite para uma órbita eletrônica mais próxima ao núcleo do átomo, é necessário que ele perca energia. Em outras palavras, que ele emita um fóton (que ele emita luz!). O contrário acontece quando o elétron se move para uma camada mais externa ao átomo. Neste caso, é necessário que o elétron absorva um fóton (energia). Se liga, exatamente esses dois movimentos são mostrados na imagem abaixo!

Muito importante! Segundo o modelo proposto por Bohr, um elétron não pode, de maneira alguma, estar localizado entre duas órbitas eletrônicas.