Estrutura Interna da Terra

O nosso planeta apresenta uma estrutura interna complexa e ainda muito desconhecida pela ciência. Entretanto, o que se sabe já permite uma excelente visão do interior planetário.

A Litosfera, camada mais externa, é dotada de dinamismo e é alimentada pelas forças do manto e do núcleo. Muitas são as teorias que surgiram para explicar tal fato; as mais aceitas hoje são: Deriva Continental e Tectônica de Placas.

Deriva Continental

Desenvolvida no início do século XX (1915) pelo alemão Alfred Wegener, um cara muito doido e com uma ideia mais doida ainda, a teoria apontava que, há aproximadamente 250 milhões de anos, os continentes estavam agrupados em um único e gigantesco continente, denominado Pangeia (do grego, Pan = todo, Gea = Terra). De acordo com esta teoria, a Pangeia, a partir do período Jurássico (há, aproximadamente, 180 milhões de anos), começou a se fragmentar em várias massas de terras emersas que foram lentamente se afastando umas das outras. Esse processo durou milhões de anos, até que os continentes adquiriram a forma atual. Para desenvolver sua teoria, Wegener observou vários fatos, dentre os quais destacamos:

► As linhas de costa atlântica atuais da América do Sul e da África se encaixariam;

► Alguns fósseis de animais e vegetais que viveram na mesma época foram encontrados tanto na América como na África;

► Formações rochosas coincidentes entre regiões do planeta, hoje afastadas, e que, no tempo do Pangeia, estariam unidas;

Tectônica de Placas

Em 1960, a partir da teoria da Deriva Continental de Wegener, cientistas desenvolveram estudos que afirmam que a crosta da Terra está fragmentada em uma série de placas tectônicas que se movimentam devido à dinâmica interna do planeta – as chamadas correntes de convecção. O deslocamento horizontal dessas placas provoca vários fenômenos, como o surgimento de dobramentos, falhas, vulcanismo e terremotos.

A Teoria da Tectônica de Placas explicou o porquê da fragmentação do Pangeia, coisa que Wegener não soube explicar.

Observe o esquema das correntes de convecção no manto terrestre – ideia mais aceita da dinâmica interna do planeta:

Limites entre Placas Tectônicas

As áreas de instabilidade geológica correspondem às bordas das placas. Estas bordas apresentam três tipos principais de limites entre as placas tectônicas:

Limites convergentes: as placas tectônicas convergem ou colidem, gerando zonas de subducção (fossas) ou dobramentos.

Podem ocorrer entre:

► Duas placas oceânicas;

► Duas placas continentais;

► Uma placa oceânica e outra continental.

Limites divergentes: as placas estão se separando devido ao extravasamento de material magmático pelas fendas da crosta. Ocorre a formação de um novo assoalho e, por isso, também são denominados de margens construtivas. Os limites são marcados pelas dorsais oceânicas. Ex.: Dorsal Meso-oceânica Atlântica.

Limites transformantes ou conservativos: as placas resvalam horizontalmente ao lado de outras e, não havendo destruição, não há formação de crosta terrestre. Ex.: Falha de San Andreas na Califórnia (EUA).

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