O talassociclo compreende todos os ecossistemas de água salgada do globo terrestre. Eles cobrem 70% da superfície da Terra, constituindo o maior ambiente do planeta. Ele apresenta menor variação ambiental abiótica quando comparado ao ambiente terrestre.
Além dos oceanos, também temos lagos e rios como ecossistemas terrestres na terra. O limnociclo ou biociclo das águas doces é representado pelas águas lênticas (ou dormentes – de lagos) e lóticas (ou correntes – de rios). Os lagos são ambientes considerados de águas paradas, mas que podem apresentar movimentos verticais periódicos em suas massas de água superficiais e profundas.

Os ecossistemas aquáticos são representados pelos oceanos, rios (ecossistemas lóticos) e lagos (ecossistemas lênticos). Nesses ambientes, podemos classificar os organismos em: planctônicos, nectônicos e bentônicos. Os organismos planctônicos são seres microscópicos que são passivamente carregados pelas correntezas. Constituem esta comunidade o fitoplâncton (plâncton clorofilado) e o zooplâncton (plâncton não fotossintetizante). São caracterizados por organismos nectônicos os animais nadadores ativos que vivem na coluna de água. Já os bentônicos correspondem a um grupo de organismos que vivem em contato com o substrato do fundo, de forma séssil (fixa) ou de forma móvel (deslocando-se livremente, como os caranguejos).

Nos oceanos, é possível distinguir zonas principais em função da penetração de luz. São elas: zona fótica, zona disfótica e zona afótica.
A zona fótica é iluminada e rica em algas, que realizam fotossíntese, e em animais. O limite inferior dessa zona varia em função da turbidez da água. Em regiões de pequena turbidez, como em alto-mar, esta zona estende-se até cerca de 200 m de profundidade; a zona disfótica recebe luz difusa e pode chegar a 300 metros; a zona afótica é onde há ausência total de luz, o que não significa ausência de biodiversidade.
Outras características permitem classificar o oceano em três zonas: a zona litoral, a zona nerítica e a zona oceânica.
A zona litoral é a região que sofre a flutuação das marés. Corresponde a praias arenosas ou rochosas. Os animais que vivem nesta zona estão adaptados à exposição ao ar e à água; a zona nerítica é a região do mar situada sobre a plataforma continental. Pode chegar a 200m de profundidade e representa a zona de maior importância econômica, pois grande parte dos peixes usados na alimentação humana são encontrados nesta área; a zona oceânica corresponde ao mar aberto fora da plataforma continental. Nos mares, a temperatura dos oceanos varia horizontal e verticalmente, sempre devido a uma diferença na intensidade da radiação solar. A salinidade em oceanos abertos está por volta de 34 a 37% na superfície. As maiores diferenças se devem à evaporação da água nos trópicos e à fusão do gelo nas regiões polares. Além disso, a pressão hidrostática aumenta 1 atmosfera a cada dez metros de profundidade. Encontramos diferentes formas de vida perfeitamente adaptadas nos mais diversos ambientes marinhos.
Em regiões temperadas, a queda da temperatura atmosférica resfria a água superficial, o que a torna mais densa. Esta água afunda e a água mais profunda aflora na superfície e pode sofrer oxigenação durante esse processo. Isto é importante para a manutenção da biodiversidade de organismos aquáticos aeróbios (que utilizam oxigênio).
Os rios, ecossistemas lóticos, possuem constante movimento de águas, o que faz com que praticamente não exista plâncton. Nestes locais, existem pequenas algas e musgos aderidos à superfície das pedras. As correntezas dos rios determinam também um ambiente verticalmente mais homogêneo do que os lagos em termos de temperatura, oxigênio e nutrientes minerais.