Dalton Trevisan

Dalton Trevisan (1925)

Dalton Trevisan é um dos escritores mais misteriosos da literatura brasileira. O autor se tornou uma personalidade enigmática desde que suas obras começaram a ser publicadas e passaram a ser elogiadas pela crítica, pois, a partir do sucesso, ele evitou participar da vida literária e fugiu de qualquer tipo de exposição pública, algo que ele tem em comum com Rubem Fonseca, aliás. Raras vezes ele aparece na imprensa e raras são suas fotos.

Nascido em Curitiba, o escritor – assim como Rubem Fonseca – é considerado um dos maiores contistas da literatura brasileira do século XX, com escrita acessível, linguagem coloquial e fonte de leituras muito prazerosas. As obras do autor foram traduzidas para várias línguas. O trabalho de Dalton é calcado quase em sua totalidade nas histórias curtas, tendo apenas um romance, A Polaquinha, de 1985.

Obras principais:

► Novelas nada exemplares (1959).

► O cemitério de elefantes (1964).

► O Vampiro de Curitiba (1965).

DESTAQUES

Curitiba mítica

Dalton Trevisan cria, em seus contos, uma Curitiba propensa às histórias mais incríveis. Essa Curitiba, cabe destacar, é uma cidade pré-metrópole, ou seja, os contos se passam antes da transformação da cidade em metrópole, antes de sua industrialização. Uma Curitiba suburbana, conservadora, conformada e cheia de pecados, opressões, injustiça e desespero.

Crimes de paixão

Segundo um crítico literário, os personagens de Trevisan são desgastados pelo convívio, pelo tédio, são eternamente inimigos, os casamentos são um fracasso, maridos matam mulheres, batem e humilham suas esposas. Em suma, são personagens incapazes de controlar suas paixões.

O Vampiro de Curitiba

Seu personagem mais famoso aparece já no título da obra, mas também em outros contos. Nelsinho é o vampiro de Curitiba, um jovem acossado, dominado pelo desejo sexual. Jovem galã dos anos 60, ele é um escravo do desejo sexual, um viciado que não consegue controlar os seus instintos.

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