Crase

A crase é um dos maiores pesadelos dos estudantes. E vocês sabem por quê? Por que se passa mais tempo estudando exceções do que a regra, que é muito simples. A regra é a seguinte:

A crase é o encontro da preposição A mais o artigo definido feminino A.

Tendo isso em mente, já fica mais fácil aplicar o seu uso.

Prefiro fazer anotações a lápis.

Nesse caso, não vai crase porque lápis é uma palavra masculina.

Vamos reler a regra. Se a crase é a soma de uma preposição com um artigo, não pode haver crase antes de verbos, simplesmente porque não colocamos artigos antes de verbos:

O bebê viu a mãe e começou a sorrir.

Em alguns casos, podemos ficar na dúvida se há crase ou não, pois ficamos na dúvida da regência do verbo. Nesses casos, aqui vai uma dica muito prática: trocar a palavra feminina por uma palavra masculina qualquer. Se o resultado for “ao”, é porque há crase. Se o resultado for “a”, não há crase.

Vamos supor que você está na dúvida se existe crase ou não na seguinte frase:

Entregue os documentos a advogada.

Substitua por uma palavra masculina:

Entregue os documentos ao advogado.

Como o resultado foi “ao”, é porque há crase:

Entregue os documentos à advogada.

Por fim, mais uma dica que pode ajudar em momentos de dúvida. Com o verbo “ir”, antes de nomes de cidades, muitas vezes ficamos confusos. Solução: usar o verbo voltar. Se o resultado for “voltar da” = há crase. Se o resultado for “voltar de”, não há.

Irei à Inglaterra.
(Voltarei da Inglaterra).

Irei a São Paulo.
(Voltarei de São Paulo.)

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