A camada de ozônio é uma “capa” desse gás – situada, aproximadamente, entre 10 e 50 km acima do nível do mar – que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas é a radiação ultravioleta. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que, ao atingir a camada de ozônio, destrói as moléculas que a formam (O3), causando, assim, sua destruição. Sem a ozonosfera, a incidência de raios ultravioletas na Terra ficaria sensivelmente maior.
As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 12.000 metros. Em seguida, essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do Sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC), liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2).

A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é “sugada” da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos para esse problema.

A redução de O3 na estratosfera gera sérias consequências, como:
► Inúmeros problemas aos seres vivos: câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico;
► Provocam a diminuição da velocidade da fotossíntese dos vegetais;
► Interferem nos mecanismos de reprodução dos plânctons dos oceanos.
Para impedir o agravamento do problema, 24 países assinaram, em 1987, o Protocolo de Montreal, em que se comprometiam a reduzir pela metade a produção de CFCs até 1999. Entretanto, em 1990, na Conferência de Londres, setenta países concordaram em acelerar o processo de eliminação de CFC, decidindo-se pelo fim total da produção até o ano 2000 para os países desenvolvidos e até 2010 para os países em desenvolvimento. Em 2010, o Ministério do Meio Ambiente informou que o Brasil extinguiu o uso de CFC no ano de 2010.
Observação: outros produtos químicos também são responsáveis pela redução da camada de ozônio: compostos bromados (extintores); tetracloreto de carbono (extintores e solventes) e clorofórmio de metila (solventes).