As Briófitas são popularmente conhecidas como musgos (Filo Bryophyta). Estas plantas não possuem tecidos especializados para condução de seiva, por isso, são chamadas avasculares. Sua fase dominante é haploide (n), que corresponde à fase gametofítica. Elas se fixam em superfícies diversas por meio de rizoides (estruturas semelhantes a raízes, cuja principal função é a de fixação ao substrato).
Suas estruturas equivalentes ao caule e às folhas são chamadas de cauloide e filoides, por não terem vasos condutores. Essas estruturas não têm defesa contra a transpiração intensa que pode ser provocada pela exposição ao sol. Além disso, as briófitas dependem de água para sua reprodução sexuada. Por todos esses motivos, elas apresentam características específicas: ocorrem preferencialmente em ambientes úmidos, abrigados de luz direta; a epiderme é revestida por uma fina cutícula de cera; os gametas masculinos (anterozoides) são flagelados; são sensíveis à poluição; são plantas de pequeno porte (por terem transporte de seiva limitado); a absorção e a condução da seiva bruta é feita de célula para célula, por osmose e difusão; os rizoides possuem simbiose com fungos e bactérias que potencializam a absorção; entre o gametófito e o esporófito, podem existir células especializadas para transporte de água e sais minerais; possuem turfas, amplos depósitos de matéria vegetal parcialmente decomposta, formada por musgos que crescem rapidamente e comprimem o que está em camadas mais profundas (estes musgos também produzem compostos que impedem a ação de decompositores); são poiquilohídricas, isto é, possuem a capacidade de secar muito e, ainda assim, voltarem ao aspecto viçoso na presença de água.
Seu ciclo de vida é por alternância de gerações. Os gametófitos (n) possuem os gametângios em seu ápice. Quando há água suficiente sobre os gametângios, os anterozoides produzidos pelos anterídios conseguem nadar até os arquegônios, fecundando a oosfera. O zigoto se desenvolve em esporófito (2n) no ápice do gametófito. Por meiose, os esporófitos formam esporos, que germinam, originando novos gametófitos.

Estas plantas, não monofiléticas, são classificadas em três grupos distintos:
► Filo Hepatophyta – Hepáticas (6 mil espécies): Gametófito com corpo achatado que cresce junto ao solo, formam gametóforos (onde estão os esporângios). Esporófito muito reduzido, algumas retornaram secundariamente ao ambiente aquático;
► Filo Anthocerophyta – Antóceros (100 espécies): Gametófito com corpo multilobado que cresce horizontalmente, esporófito alongado;
► Filo Bryophyta – Musgos (9.500 espécies): Gametófito cresce verticalmente e pode chegar a 50 cm, esporófito com seta (haste) bem desenvolvido.