O continente africano tem 1,1 bilhão de habitantes (2014) e a maior taxa de crescimento demográfico continental: 2,3% ao ano no período entre 2010 e 2015. Enquanto os desertos são praticamente despovoados, o Vale do Rio Nilo, por exemplo, apresenta uma densidade demográfica média superior a 800 habitantes por quilômetro quadrado. Há centros urbanos densos, como Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (República Democrática do Congo), Cartum (Sudão) e Johanesburgo (África do Sul).
Após a Ásia, a África é o segundo continente com o maior número de deslocados à força, 13 milhões de pessoas, segundo o relatório de 2013 do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Todos os anos, milhões de africanos migram para escapar da pobreza, da seca, da fome e de conflitos armados. As guerras civis são responsáveis por muitos deslocamentos entre fronteiras e provocam fuga da população para precários campos de refugiados. Em 2013, a disputa separatista no Mali, a violência na República Centro-Africana e os conflitos na República Democrática do Congo provocaram um significativo aumento no número de refugiados no continente.
A África é o continente menos desenvolvido do planeta. Sua economia é essencialmente agrícola, baseada principalmente em itens como café, cacau, algodão e amendoim. As commodities respondem por 80% das exportações do continente. Com uma economia pouco diversificada, a África apresentou, em 2013, um Produto Interno Bruto (PIB) baixo – 2,3 trilhões de dólares, valor inferior à metade do PIB brasileiro. Em 2013, a Nigéria superou a África do Sul e passou a ter o maior PIB do continente, com 522,6 bilhões de dólares.
Nos últimos anos, o continente passou por um ciclo de crescimento. Desde o início dos anos 2000, o PIB africano registrou uma expansão média de 5,5% ao ano. Boa parte desse desempenho deve-se à exploração de minérios e petróleo e à elevação do preço dessas commodities no mercado internacional. Países como Angola, Camarões, Chade, os dois Congos, Guiné Equatorial, Sudão, Gabão, África do Sul e Nigéria estão entre os principais exportadores de petróleo ou minérios. O interesse nessas matérias-primas levou a China a intensificar os investimentos no continente, tornando-se o principal parceiro comercial da África. O crescimento africano também pode ser creditado à diminuição dos conflitos armados e ao avanço institucional de algumas democracias, além da maior abertura ao investimento privado.
Contudo, essa escalada econômica ainda enfrenta muitos desafios para se consolidar. O continente ainda é muito vulnerável às oscilações dos mercados globais (sobretudo no pós crise econômica de 2008) devido à sua elevada dependência das exportações de commodities. O baixo nível de industrialização não permite a produção de itens de alto valor agregado. Além disso, muitos veem o interesse estrangeiro no continente como uma nova forma de colonização. A maior crítica que se faz ao atual modelo de desenvolvimento africano é que ele não tem se traduzido em redução de pobreza na mesma proporção.

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- Introdução à Geografia dos Continentes
- África: Introdução ao continente
- África: Aspectos Naturais
- América: Introdução ao continente
- América do Norte: Aspectos Naturais e Socioeconômicos
- América Central: Aspectos Naturais e Socioeconômicos
- América do Sul: Aspectos Naturais e Socioeconômicos
- Ásia: Introdução ao continente
- Ásia: Aspectos Naturais
- Ásia: Aspectos Socioeconômicos
- Europa: Introdução ao continente
- Europa: Aspectos Naturais
- Europa: Aspectos Socioeconômicos
- Oceania: Introdução ao continente
- Oceania: Aspectos Naturais
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